sexta-feira, 9 de agosto de 2019

09 de agosto - Beato Florentino Asensio Barroso


Florentino Asensio Barroso, bispo da diocese de Barbastro – Espanha, for barbaramente assassinado, pelo ódio fé católica.
Ele nasceu em Villasexmir (Valladolid) a 16 de outubro de 1877. Foi ordenado sacerdote em 1901. Em 1935 foi nomeado pela Santa Sé Bispo da diocese de Barbastro.

No dia 19 de julho de 1936, no Comite dos milicianos (comunistas e anarquistas) informaram-lhe que ficaria preso na sua residência episcopal. No dia 23 foi transferido para o colégio, transformado em prisão, dos padres Escolápios, onde foi submetido a humilhações, escárnios e insultos sem fim.

Na noite de 8 de agosto, foi chamado a comparecer perante a farsa que era o tribunal popular, criado pelos comunistas. Pressentindo o pior, e "perante o que pudesse ocorrer" antes de abandonar a prisão, pediu ao padre Prior dos beneditinos (do mosteiro beneditino Nuestra Señora del Pueyo, também preso) para o ouvir em confissão e o absolver.

Amarraram-no em conjunto com outro homem, e os conduziram, após várias horas no calabouço a uma sala vazia onde ficaram amarrados a um poste. Entre frases grosseiras e insultuosas, uns milicianos aproximaram-se do prelado. O bispo Asensio encontrava-se a rezar silenciosamente.
Um dos seus algozes perguntou ao outro: "Não eras tu que desejavas comer col... de bispo? Agora tens a ocasião!"
O miliciano não pensou duas vezes, puxou imediatamente de uma navalha, e ali, friamente retirou os testículos de Dom Florentino Asensio. Jorros de sangue inundaram suas pernas e empapou o pavimento. O senhor Bispo ficou bastante pálido, mas não desmaiou. Soltou um grito de dor, e teve forças para musicar uma oração ao Senhor. Sua ferida, foi costurada de qualquer maneira, a sangue frio, pior que se faz a um animal. Testemunhos afirmam que o bispo de Barbastro teria caído de dor sobre o pavimento se não estivesse amarrado em pé.

No chão encontrava-se um exemplar do jornal anarquista "Solidaried Obrera", onde recolheram os despojos, e depois levaram os testículos a todos, como um troféu, inclusive, nos bares de Barbastro.

O bispo, lancinado pelas dores, foi então empurrado à praça diante do edifício, onde, sem consideração alguma foi levado ao caminhão que o levaria à morte. "Obrigaram-no a ir pelos seus próprios pés, deixando um rasto de sangue por onde passava". Aos olhos daqueles homens, que odiavam a Santa Igreja e seus fiéis, não passava de um cão; mas aos olhos do Senhor e dos crentes, era a imagem viva, ensanguentada, e resplandecente de um novo mártir da nossa Igreja Católica.

O heroico prelado, que no dia anterior, 8 de agosto, tinha terminado uma novena ao Coração de Jesus, dizia em voz alta:
"Que noite tão bela esta para mim: vou à casa do Senhor!"
José Subías, de Salas Bajas, o único sobrevivente daquelas primeiras noites de cárcere de Barbastro ouviu os seus executores dizerem: "Bem vê que não sabe para onde o levamos!..." ao que o bispo respondia:
"Vós levais-me à Glória! Eu vos perdoo. No Céu, pedirei por todos vocês..."

"Anda seu porco, depressa!" diziam os carrascos.
"Por mais que me façais, eu vos hei de perdoar" dizia o bispo. Um dos anarquistas golpeou-o furiosamente na boca com um azulejo, e lhe disse: "Toma lá a comunhão!" Extenuado, chegou ao lugar da sua execução, que foi no cemitério de Barbastro.

Ao receber a descarga das balas, os milicianos ouviram-no dizer:
"Senhor, compadece-Te de mim".
Mas o bispo não tinha ainda morrido. O arrastaram para cima de um monte de cadáveres, e depois de uma ou duas horas de uma agonia atroz, terminaram com a sua vida terrena com um tiro. "Não lhe deram o tiro de misericórdia, logo de imediato de propósito - disse mais tarde uma testemunha - deixaram-no morrer, com grandes hemorragias, de forma a que sofresse mais". Ouviam-no sussurrar:
"Senhor, não tardeis em me abrir as portas do Céu", "Senhor, não atrases o momento da minha morte e dá-me forças para resistir até ao último momento".

O Santo Padre João Paulo II, beatificou em Roma, este nosso irmão na Fé, o martirizado bispo de Barbastro Dom Florentino Asensio a 04 de maio de 1997, na sua homilia ele assim o exaltou:

“Como o Pai Me amou, também Eu vos amei; permanecei no Meu amor. O Bispo Florentino Asensio Barroso permaneceu no amor de Cristo. Como Ele, entregou-se ao serviço dos irmãos, especialmente no ministério sacerdotal, desempenhado com generosidade durante muitos anos em Valhadolidantes, e depois no seu breve espaço de tempo como Bispo Administrador Apostólico de Barbastro, sede para a qual tinha sido eleito poucos meses antes do início da deplorável Guerra civil de 1936. Para um ministro do Senhor o amor é vivido na caridade pastoral e, por isso, ante os perigos que se apresentavam, não abandonou o seu rebanho, mas antes, a exemplo do Bom Pastor, ofereceu a sua vida por ele.
O Bispo, como mestre e guia na fé para o seu povo, é chamado a confessá-la com as palavras e as obras. Dom Asensio levou até às suas últimas consequências a sua responsabilidade de pastor, ao morrer pela fé que vivia e pregava. Nos últimos momentos da sua vida, depois de ter sofrido vexames e lacerantes tormentos, ante a pergunta de um dos seus verdugos, se conhecia o destino que o esperava, respondeu com serenidade e firmeza: “Vou para o paraíso”. Proclamava assim a sua inquebrantável fé em Cristo, vencedor da morte e dador da vida eterna. Ao ser elevado hoje à glória dos altares, o Beato Florentino Asensio Barroso continua a encorajar, com o seu exemplo, a fé dos fiéis dessa amada diocese aragonesa e vela por ela com a sua intercessão.”



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