A Igreja festeja hoje a memória de três irmãs
carmelitas, assassinadas pelo ódio comunista à Santa Igreja no dia de 24 de
julho de 1936, na cidade de Guadalajara, em Espanha. Foram beatificadas pelo
Papa João Paulo II, a 29 de março de 1987.
Irmã Tereza do Menino Jesus, batizada com o nome de Eusébia Garcia, nasceu a 5 de março de 1909, em Mochales, Guadalajara, Espanha. Segunda de oito irmãos, um dos quais era sacerdote. Desde pequena que sentiu atração pela virtude da pureza, que aos nove anos de idade fez um voto de castidade, que daí por diante foi renovando anualmente até professar no Carmelo. Enquanto estudante, leu um livro que a veio marcar profundamente: "A História de Uma Alma", autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus. No desejo de lhe imitar o exemplo, entrou para o Carmelo de Guadalajara aos 16 anos, no dia 4 de novembro de 1925. Jovem cristã de grandes qualidades, escreveu nos seus apontamentos espirituais: "Não me desanimam os meus defeitos. Pelo contrário, tenho mais ocasiões de merecer e lutar contra eles. Não gosto da vida dos santos que só falam das suas virtudes, ocultando-lhes os defeitos e as lutas". Escreveu um dia também o seguinte: "Se sou vítima, porque me queixo quando me cravam a faca? às vitimas destinadas ao holocausto cravavam-lhes a faca e depois queimavam-nas, para que fossem consumidas. Assim devo eu deixar que me cravem a faca, me despedacem e consumam". Assim deslizou a sua vida até que o martírio a veio colher para o céu com apenas 27 anos de idade.
Irmã Tereza do Menino Jesus, batizada com o nome de Eusébia Garcia, nasceu a 5 de março de 1909, em Mochales, Guadalajara, Espanha. Segunda de oito irmãos, um dos quais era sacerdote. Desde pequena que sentiu atração pela virtude da pureza, que aos nove anos de idade fez um voto de castidade, que daí por diante foi renovando anualmente até professar no Carmelo. Enquanto estudante, leu um livro que a veio marcar profundamente: "A História de Uma Alma", autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus. No desejo de lhe imitar o exemplo, entrou para o Carmelo de Guadalajara aos 16 anos, no dia 4 de novembro de 1925. Jovem cristã de grandes qualidades, escreveu nos seus apontamentos espirituais: "Não me desanimam os meus defeitos. Pelo contrário, tenho mais ocasiões de merecer e lutar contra eles. Não gosto da vida dos santos que só falam das suas virtudes, ocultando-lhes os defeitos e as lutas". Escreveu um dia também o seguinte: "Se sou vítima, porque me queixo quando me cravam a faca? às vitimas destinadas ao holocausto cravavam-lhes a faca e depois queimavam-nas, para que fossem consumidas. Assim devo eu deixar que me cravem a faca, me despedacem e consumam". Assim deslizou a sua vida até que o martírio a veio colher para o céu com apenas 27 anos de idade.
Irmã Maria do Pilar, batizada com o nome de Jacoba Martínez Garcia nasceu em Terazona a 30 de dezembro de 1877. No convento escolheu o nome de Maria do Pilar. Eram 11 irmãos, dos quais 8 morreram crianças. Dos três restantes, um fez-se sacerdote, e as duas meninas entraram no convento das carmelitas de Guadalajara. Aos 21 anos de idade, a 12 de outubro de 1898, entrou para o convento. No dia 15 de outubro de 1899 fez a sua profissão religiosa na Missa celebrada pelo seu irmão. A mãe, presente na cerimônia exclamava ao sair da igreja: "O Senhor fez-me feliz demais! O meu único filho é um santo sacerdote e deu-me a Comunhão... e as minhas duas filhas estão aqui no convento a comungar também de suas mãos!" Durante 38 anos viveu com piedade e exatidão a regra de religiosa carmelita. Ao estalar a revolução, escreveu: "Se nos levarem ao martírio, iremos a cantar como as nossas irmãs de Compiègne. Cantaremos: Coração Santo, Tu reinarás".
Irmã Maria dos Anjos, como as anteriores, também Mariana - era este o seu nome de batismo -
pertencia a uma família numerosa. Era a mais nova de 10 irmãos. Tendo falecido
seis, ficaram quatro meninas, das quais dizia o seu piedoso pai: "Quatro filhas tenho, e a minha maior
alegria neste mundo seria vê-las consagradas a Deus". E assim
aconteceu. Todas as quatro irmãs vieram a entrar em congregações religiosas.
Aos 24 anos, a 14 de julho de 1929, despede-se de seu idoso pai e entra no
Carmelo de Guadalajara, onde toma o nome de Maria dos Anjos. A sua ânsia, que o
Senhor satisfez plenamente, era o martírio, como escreveu nos seus Apontamentos
Espirituais: "Meu Deus, recebei a
minha vida entre as dores do martírio e em testemunho do meu amor para Convosco".
O Martírio:
As três Irmãs: Maria do Pilar, Maria dos Anjos e Teresa do Menino Jesus,
tiveram de deixar, como todas as outras religiosas, o convento no dia 24 de
julho de 1936. Apesar de terem tirado o hábito, e trajarem trajes civis, são
reconhecidas por um bando de milicianos e milicianas comunistas espanhóis, e
uma das quais grita para os camaradas:
- São freiras! Disparem!
Ouvem-se vários tiros das espingardas. Como pombas perseguidas,
batem à porta de duas famílias conhecidas. Como ninguém lhes abre, voltam à
rua. Um tiro certeiro no coração derruba no chão a Irmã Maria dos Anjos, que
morre quase imediatamente.
A Irmã Maria do Pilar teve martírio mais doloroso. As balas
destroçaram-lhe a coluna vertebral, atravessaram-lhe o ventre e fraturaram-lhe
um joelho e os ombros. Estendida no chão, a esvair-se em sangue, um comunista
ainda lhe atravessou a região lombar com um punhal. Entre horríveis tormentos,
dores e sede abrasadora, exclamava, como Cristo no alto da Cruz: "Tenho
sede... Meu Deus, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem!” Beijando o crucifixo que lhe aproximou dos
lábios uma Irmã da Caridade do Hospital para onde foi levada, entregou
placidamente a sua alma a Deus.
A Irmã Teresa do Menino Jesus, ao fugir, viu-se cercada por um bando de
milicianos. Aparece de repente outro camarada que os repreende fortemente,
incitando-lhes a soltar aquela alma inocente. Os seus colegas deixam-na e ele
exclama em tom amigo e paternal: "São uns bandidos. Estou aqui para te
proteger. Vem comigo, levo-te a um refúgio seguro. Não temas. Tem confiança em
mim".
A boa irmã Teresa deixou-se levar, acreditando nessas palavras. Depois
de atravessarem algumas ruas, chegam a um descampado, perto do cemitério.
Então, o lobo tira por fim a pele de cordeiro e revela toda a sua maldade.
Procura violar sexualmente a jovem Irmã, prometendo-lhe a liberdade. A ele
se juntam mais três comunistas com o mesmo intento: violar e profanar a
virgindade daquela jovem religiosa carmelita. Nunca cede perante os desejos dos
homens. Ela repele-os energicamente e procura escapar-se. Pretendem então que
dê vivas ao comunismo e que renegue a sua Fé. Como resposta só ouvem este
grito: "Viva Cristo Rei!". Deixam-na então fugir. Corre com
o braços em cruz, sabendo que irá ser morta. Cai mortalmente ferida com o rosto
por terra, banhado em sangue. Ali sozinha, como Cristo no Jardim das Oliveiras,
agonizou em grande paz, com a Fé e a Virgindade intactas.
As três Irmãs carmelitas de Guadalajara,para alegria de toda a Igreja,
foram beatificadas no dia 29 de março de 1987 pelo Papa João Paulo II.
Oração
Beatas Carmelitas Mártires de Guadalajara que sofrestes sem culpa alguma com o ódio e a
incompreensão dos inimigos de Cristo, mas que morrestes com palavras de amor e
perdão nos lábios suplicando pelos vossos assassinos, rogai por mim, que sou
pecador!
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