Considerando uma de suas
maiores satisfações pertencer à Ordem, foi uma admirável promotora da vida
agostiniana. Ela jamais pedia a outros para fazer qualquer coisa
que ela mesma não tivesse feito. Mulher
de grande amor aos doentes e necessitados e inspiração para todos,
ela sobressaiu-se na pureza de vida e na caridade para com todos.
Madalena Albrici nasceu em Como
(Itália) por volta de 1415. De família nobre e abastada, e por causa da fé
religiosa da família, seus meios financeiros e posição social, os pais de
Madalena puderam proporcionar-lhe uma boa educação cristã.
Quando
tinha 20 anos decidiu entrar para a vida religiosa movida pelo grande amor que
sentia pelo Senhor. Seu plano inicial de ingressar em outra comunidade mudou
depois que ela escolheu ingressar em uma comunidade mais pobre e remota que
seguia a Regra de Santo Agostinho. Essa comunidade ficava num local chamado
Brunate.
As
vocações aumentaram e a comunidade cresceu com a admissão de várias jovens.
Cresceu a tal ponto que se transformou em um mosteiro e recebeu o nome de Santo
André.
Madalena
Albrici desejava que as irmãs fossem aceitas oficialmente na Ordem de Santo
Agostinho. Seu desejo de que o mosteiro fosse incorporado à Ordem Agostiniana
foi realizado em 1455, quando a Congregação Agostiniana da Lombardia aceitou a jurisdição da
comunidade. Tal fato foi aprovado definitivamente pelo Papa Pio II no dia 16 de
julho de 1459.
Madalena
considerava uma glória pertencer à Ordem Agostiniana. Enamorada da
espiritualidade agostiniana, ela foi uma promotora das vocações à vida
religiosa por causa de seu zelo, exemplo, instrução e inspiração.
Madalena
Albrici tornou-se uma admirável propagadora da vida Agostiniana em toda a
Lombardia. Muitas mulheres (e homens também) se tornaram afiliados aos
agostinianos por causa dela.
Graças
à sua ação, muitas consagradas que tinham vida comum, passaram à vida religiosa
da Ordem. Desta forma cresceu de forma notável a família agostiniana com o
acréscimo numérico considerável de vocações e mosteiros.
Madalena
incitava constantemente às irmãs de comunidade para serem cada vez mais santas.
Mais que pedir, ela vivia isso por palavras e exemplos. Ela reavivou a
simplicidade e a austeridade nas comunidades religiosas de sua área. Ela
obtinha sucesso, pois, jamais pedia a outros para fazer alguma coisa que ela
mesma não tivesse feito.
Seu
modo de ser e o que ela exigia das irmãs pode parecer difícil pelos moldes de
hoje em dia. No entanto, sua inteligência e senso prático, combinados com seu
forte espírito religioso, eram atrativos para os de sua geração.
Madalena
foi abadessa (superiora) quase toda a sua vida. Tal responsabilidade ela
manteve, exceto por breves intervalos, até a sua morte. As irmãs que com ela
conviviam eram aconselhadas à sempre preferir o caminho da humildade, preferindo ser súdita que superiora. Como superiora, ela preferia servir e
não ser servida. Preferia obedecer que mandar. Mesmo com o cargo de superiora,
sua atitude foi de serviço às irmãs e não de uso da autoridade e do poder.
Era
também uma mulher sensível e prática e que possuía um talento natural para os
afazeres domésticos.
Ela foi uma mulher de grande amor e uma visão singular que inspirou outros pelo
seu amor não egoísta e devocional aos doentes e necessitados. Isso foi uma
inspiração para todos. Sobressaiu-se na pureza de vida e na caridade com todos.
Ela era procurada para dar aconselhamento espiritual e teve uma grande
influência no espírito religioso de seu tempo.
Atribui-se
a ela a fundação e promoção de uma fraternidade de agostinianos seculares em
Como.
Sua
devoção à Igreja e sua aliança com o Bispo de Roma durante um período de
agitação e cisma na Igreja, juntamente com seu firme compromisso e renovação da
vida religiosa, também são marcas especiais de sua vida.
Em
seus últimos anos de vida, ela mesma sofreu de uma séria doença. Isso a
debilitou por anos, o que fez com que limitasse grandemente sua participação
nas atividades da comunidade.
Depois de brilhar por suas virtudes, ela morreu em maio de 1465, provavelmente
no dia 15. O número de fiéis que vieram para venerar seu corpo e
procurar sua intercessão foi tão grande que seu enterro teve de ser atrasado
por oito dias.
São
Pio X confirmou seu culto em 1907.
Quando
as freiras de Santo André partiram de Brunate para se juntarem ao mosteiro de
Santo Julião perto de Como em 1593, o corpo de Madalena foi também transferido
e agora seus restos conservam-se na Catedral de Como onde ela ainda é venerada
por fiéis.
A
Família Agostiniana lembra Madalena no dia 17 de julho.
Oração
Deus
que amais a pureza e que cumulastes a beata Madalena, inflama no amor à paixão
e à morte de vosso Filho Jesus Cristo; concedei-nos imitar sua pureza e
caridade.
Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário