segunda-feira, 10 de julho de 2017

10 de julho - Santa Amalberga de Maubeuge

Esposa, mãe, viúva e religiosa: Uma santa lendária que viveu no século VII, seu esposo e todos os seus filhos foram canonizados pela Igreja.

Hoje a Igreja celebra Santa Amalberga de Maubeuge, também conhecida pelo nome de Madelberga, Amalburga, Amélia e Amália.

Santa Amalberga de Maubeuge nasceu em Saintes, na Valônia, Brabante, atualmente Bélgica, de uma família de ascendência nobre e cresceu na riqueza que convém a sua classe social, era a irmã de Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno; desposou Witger, Duque de Lotaríngia e Conde de Brabante, de cuja união nasceram três filhos: Santo Emeberto, que foi bispo de Cambrai, Santa Reinalda, mártir, que morreu decapitada em mãos dos hunos, e Santa Gúdula, abadessa proclamada Padroeira da Bélgica e Bruxelas. Alguns falam de quatro filhos, porque a Vita Gudilae, escrita por um monge beneditino entre 1048 e 1051, conta a história de uma certa Santa Farailde, irmã de Gúdula, que como ela fora educada no mosteiro de Nivelles, da prima Santa Gertrudes, embora na Vita Pharaildis não se faça menção deste parentesco.

Esta santa mulher que viveu no século VII, original da Lotaríngia e pertencente a uma família que conta com nada menos do que santas como Begga e Gertrudes de Nivelles, filhas dos santos Pepino de Landen e Ida de Nivelles, nos dias atuais passa quase despercebida, mas permanece até hoje um dos maiores exemplos de esposa, mãe, viúva e monja.

Dela é dito ter sido uma mulher de rara beleza, graciosa e de modos refinados e, ao mesmo tempo simples, humilde, dedicada e zelosa com os necessitados. Seu estilo de vida sóbrio e sua caridade foi certamente um exemplo para os filhos, mas também para o seu marido que em algum momento da vida decidiu tornar-se monge.

Foi depois do nascimento de sua última filha, Gúdula, e da morte de seu marido, Santo Witger, que se tornara monge beneditino, que ela decidiu consagrar sua vida inteiramente a Deus, recebendo o véu monástico das mãos de Santo Oberto. Entrou no Mosteiro de Maubeuge, do qual se tornou abadessa, permanecendo lá até o fim de seus dias.

Ela morreu em 690, e pouco tempo depois seus restos mortais foram transferidos para Binche, na Abadia de Lobbes, (Hainaut) hoje Bélgica, onde ainda são mantidos.

Um monge da Abadia Beneditina de Lobbes elaborou sua história entre 1033 e 1048; a ele devemos o que se sabe sobre ela e sua vida. Embora este escrito não seja considerado fiável ​​e sua vida parece pouco mais do que uma legenda, deve-se ressaltar que como nos mitos, ou nos contos de fadas narrados às crianças, juntamente com aqueles elementos da história que nós definimos como fantásticos estão presentes verdades.

Em particular, na vida desta santa emerge uma verdade acima de todas: a verdade que está em Cristo, Aquele que na cruz subverteu toda a lógica e o pensamento humano, "Aquele que morrendo destruiu a morte" e redimiu o mundo. É por isso que a história, ou se quisermos, a legenda de Santa Amalberga de Maubeuge, como a de muitos outros santos e beatos antes e depois dela, é "algo que tem de ser lido”.


Ela é lembrada por proteger as pessoas contra a dor no braço, contusões e febre. É representada segurando uma palma e um livro aberto com uma coroa a seus pés, de pé sobre um grande esturjão. 

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