Bento, mal
saído da infância, escuta essa palavra calma que nos dirige o Cristo.
Ganhar o mundo para o homem, se ele perde a alma, de que vale isto?
Ah, se suas paixões, ao acaso, como cabras que pastam por aqui, por ali, senhoras do seu dono, o seu pastor arrastam, escravo, atrás de si!
Ganhar o mundo para o homem, se ele perde a alma, de que vale isto?
Ah, se suas paixões, ao acaso, como cabras que pastam por aqui, por ali, senhoras do seu dono, o seu pastor arrastam, escravo, atrás de si!
Teremos
acaso uma outra alma para deixar assim a nossa dissipar-se de todos?
Taça corrupta, água de adúltera fossa, só haverá ume nas fontes de lôdo?
Por isso, Bento, báculo na mão, vai de mansinho empurrando as ovelhas com jeito pela estrada invisível e segura, este caminho mais fácil, que é o estreito.
Pois o deserto é grande e grande o pantanal, mas humilde a estrada que serpeia; quem um dia a deixou, só encontra, afinal a areia igual à areia...
Renuncia, alma em caminho, a esse duplo deserto, sul e norte.
Renuncia (será assim tão duro?) à fome, à sede, à morte!
Taça corrupta, água de adúltera fossa, só haverá ume nas fontes de lôdo?
Por isso, Bento, báculo na mão, vai de mansinho empurrando as ovelhas com jeito pela estrada invisível e segura, este caminho mais fácil, que é o estreito.
Pois o deserto é grande e grande o pantanal, mas humilde a estrada que serpeia; quem um dia a deixou, só encontra, afinal a areia igual à areia...
Renuncia, alma em caminho, a esse duplo deserto, sul e norte.
Renuncia (será assim tão duro?) à fome, à sede, à morte!
Como é
bom para o homem se sentir seguro!
Seguro dos seus pés, seguro do caminho, seguro do que vem adiante, seguro da sólida cruz, seguro de toda a Igreja que caminha conosco triunfante, seguro do pai que nos conduz!
Feliz o homem que plantou a cruz no centro de sua praça, feliz o que abriga Deus no coração, e cujo pensamento sobe ao céu sete vezes ao dia, fumaça do coro em oração!
Feliz esse homem regular, a alma ao corpo aliada, que transformou a jaula em clausura; esse soldado negro que não perde nunca, veste em escudo transformada, contato com a sepultura!
Seguro dos seus pés, seguro do caminho, seguro do que vem adiante, seguro da sólida cruz, seguro de toda a Igreja que caminha conosco triunfante, seguro do pai que nos conduz!
Feliz o homem que plantou a cruz no centro de sua praça, feliz o que abriga Deus no coração, e cujo pensamento sobe ao céu sete vezes ao dia, fumaça do coro em oração!
Feliz esse homem regular, a alma ao corpo aliada, que transformou a jaula em clausura; esse soldado negro que não perde nunca, veste em escudo transformada, contato com a sepultura!
Estaremos
assim tão certos de voltar a Deus para correr o risco de perdê-lo?
Meu filho, escuta o preceito.
Estamos mais perto do perdão quando tratamos de merecê-lo.
Vai-se mais depressa indo direito.
E por que, por causa das coisas da terra, tanto se afligir e atormentar, quando é tão fácil nada ter?
Meu filho, escuta o preceito.
Estamos mais perto do perdão quando tratamos de merecê-lo.
Vai-se mais depressa indo direito.
E por que, por causa das coisas da terra, tanto se afligir e atormentar, quando é tão fácil nada ter?
Por que
discutir e falar tanto, quando é tão fácil calar!
Esta noite vamos todos morrer...
Como o teu Deus e cala-te! Caminha, trabalha, obedece?
Sobre ti repousa a minha graça.
E, se o próprio Deus diz que isto basta, haverá outra prece, outro pedido que se faça?
O gesto vale mais que a palavra. Em vez de pretender vencê-lo, é mais prudente evitar Satanás.
Em vez de querer lutar contra o mundo, é melhor colocar o capuz simplesmente, sem olhar para trás.
Se o próprio Deus permanece no seu templo, por que voltaremos para o choro, para os caos que há lá fora? E se a nossa felicidade no céu será cantar um só coro, por que não começar desde agora?
Esta noite vamos todos morrer...
Como o teu Deus e cala-te! Caminha, trabalha, obedece?
Sobre ti repousa a minha graça.
E, se o próprio Deus diz que isto basta, haverá outra prece, outro pedido que se faça?
O gesto vale mais que a palavra. Em vez de pretender vencê-lo, é mais prudente evitar Satanás.
Em vez de querer lutar contra o mundo, é melhor colocar o capuz simplesmente, sem olhar para trás.
Se o próprio Deus permanece no seu templo, por que voltaremos para o choro, para os caos que há lá fora? E se a nossa felicidade no céu será cantar um só coro, por que não começar desde agora?
Se a
nossa felicidade no céu será o amor, por que a guerra então?
Por que nos separamos desse jeito?
Juntemos nossas vozes uma à outra. Cada uma exige a do irmão para o acorde perfeito.
Felizes os filhos reunidos em torno de seu Pai São Bento!
Feliz o discípulo que traz, na sua boca sem palavras, como um SIM grave e lento, a aceitação da PAZ
Por que nos separamos desse jeito?
Juntemos nossas vozes uma à outra. Cada uma exige a do irmão para o acorde perfeito.
Felizes os filhos reunidos em torno de seu Pai São Bento!
Feliz o discípulo que traz, na sua boca sem palavras, como um SIM grave e lento, a aceitação da PAZ
Paul Claudel
Vida de São Bento.Leia aqui.
Alguns milagres. Leia Aqui.
A medalha de São Bento. Leia aqui.
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