Esposa, mãe, viúva e
religiosa: Uma santa lendária que viveu no século VII, seu esposo e todos os
seus filhos foram canonizados pela Igreja.
Hoje a Igreja celebra Santa
Amalberga de Maubeuge, também conhecida pelo nome de Madelberga, Amalburga,
Amélia e Amália.
Santa Amalberga de Maubeuge
nasceu em Saintes, na Valônia, Brabante, atualmente Bélgica, de uma família de
ascendência nobre e cresceu na riqueza que convém a sua classe social, era a irmã de Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno; desposou
Witger, Duque de Lotaríngia e Conde de Brabante, de cuja união nasceram três
filhos: Santo Emeberto, que foi bispo de Cambrai, Santa Reinalda, mártir, que
morreu decapitada em mãos dos hunos, e Santa Gúdula, abadessa proclamada
Padroeira da Bélgica e Bruxelas. Alguns falam de quatro filhos, porque a Vita
Gudilae, escrita por um monge beneditino entre 1048 e 1051, conta a história
de uma certa Santa Farailde, irmã de Gúdula, que como ela fora educada no
mosteiro de Nivelles, da prima Santa Gertrudes, embora na Vita Pharaildis não
se faça menção deste parentesco.
Esta santa mulher que viveu
no século VII, original da Lotaríngia e pertencente a uma família que
conta com nada menos do que santas como Begga e Gertrudes de Nivelles,
filhas dos santos Pepino de Landen e Ida de Nivelles, nos dias atuais passa
quase despercebida, mas permanece até hoje um dos maiores exemplos de esposa,
mãe, viúva e monja.
Dela é dito ter sido uma
mulher de rara beleza, graciosa e de modos refinados e, ao mesmo tempo simples,
humilde, dedicada e zelosa com os necessitados. Seu estilo de vida sóbrio e sua
caridade foi certamente um exemplo para os filhos, mas também para o seu marido
que em algum momento da vida decidiu tornar-se monge.
Foi depois do nascimento de
sua última filha, Gúdula, e da morte de seu marido, Santo Witger, que se
tornara monge beneditino, que ela decidiu consagrar sua vida inteiramente a Deus,
recebendo o véu monástico das mãos de Santo Oberto. Entrou no Mosteiro de
Maubeuge, do qual se tornou abadessa, permanecendo lá até o fim de seus dias.
Ela morreu em 690, e pouco
tempo depois seus restos mortais foram transferidos para Binche, na Abadia de
Lobbes, (Hainaut) hoje Bélgica, onde ainda são mantidos.
Um monge da Abadia
Beneditina de Lobbes elaborou sua história entre 1033 e 1048; a ele devemos o
que se sabe sobre ela e sua vida. Embora este escrito não seja considerado
fiável e sua vida parece pouco mais do que uma legenda, deve-se ressaltar que
como nos mitos, ou nos contos de fadas narrados às crianças, juntamente com
aqueles elementos da história que nós definimos como fantásticos estão
presentes verdades.
Em particular, na vida desta
santa emerge uma verdade acima de todas: a verdade que está em Cristo, Aquele
que na cruz subverteu toda a lógica e o pensamento humano, "Aquele que
morrendo destruiu a morte" e redimiu o mundo. É por isso que a história,
ou se quisermos, a legenda de Santa Amalberga de Maubeuge, como a de muitos
outros santos e beatos antes e depois dela, é "algo que tem de ser lido”.
Ela é lembrada por proteger
as pessoas contra a dor no braço, contusões e febre. É representada segurando
uma palma e um livro aberto com uma coroa a seus pés, de pé sobre um grande
esturjão.
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