quinta-feira, 25 de maio de 2017

25 de maio - Nossa Senhora do Sorriso

O título de Nossa Senhora do Sorriso está ligado à vida de Santa Terezinha do Menino Jesus. 
Certa vez, quando menina, Santa Terezinha se encontrava gravemente enferma. Seus familiares dirigiam súplicas à Santíssima Virgem para a recuperação da menina.
À cabeceira da cama de Santa Terezinha, existia uma bela imagem de Nossa Senhora. Até que em certa noite, a imagem mostrou um lindo sorriso para a menina, fato que a curou maravilhosa e repentinamente.
A imagem logo ficou conhecida como Virgem do Sorriso ou, Nossa Senhora do Sorriso. Em 1894, ela foi doada ao mosteiro de Lisieux, na França, e até hoje está na capela do mesmo mosteiro (onde viveu Santa Terezinha).

Assim nos narra Santa Teresinha:

"No dia 13 de maio de 1883, domingo de Pentecostes, durante a novena da Missa, minha irmã Maria dirigindo-se ao jardim, deixou-me com Leônia, que lia perto da janela. Ao cabo de alguns minutos, pus-me a chamar, quase em surdina: "Maria! Maria! Mamãe!". 

Habituada a ouvir-me sempre chamar assim, Leônia não me deu atenção; pensou que eu chamasse a minha irmã, Maria. Isso durou muito tempo. Então, chamei mais forte, e por fim, minha irmã Maria retornou. Vi perfeitamente quando entrou, mas não conseguia dizer que a reconhecia, continuando a chamar cada vez mais forte: "Mamãe... Maria, Maria!"

Eu padecia muito naquela luta violenta e inexplicável, e Maria, minha irmãzinha, talvez sofresse mais do que eu. Após esforços frustrados para mostrar que estava ao meu lado, para que eu a reconhecesse, ela se dirigiu à Leônia, sussurrou-lhe algumas palavras, e tornou a sair, pálida e trêmula.
Minha pequena Leônia logo me acompanhou até a janela; então, sem reconhecê-la de imediato, eu a vi no jardim. Ela caminhava suavemente, estendendo-me os braços e chamando-me com a voz plena de ternura: "Teresa, minha pequena Teresa!"

Esta última tentativa, não tendo resultado em nada, pois eu continuava inerte, fazia minha irmã querida, chorar, ajoelhada junto à minha cama, onde já estavam Leônia e Celina. As três voltando-se para a Mãezinha do Céu, e rezando-lhe com o fervor de uma mãe que pede pela vida de um filho, suplicavam-lhe que me curasse. Foi um tal grito de fé, que acabou forçando a porta do Céu.
Não tendo encontrado nenhum socorro na terra e prestes a morrer de dor, eu também me voltei para a Mãezinha do Céu, rezando-lhe com todo o meu coração, pedindo-lhe que tivesse pena de mim.
De repente, a estátua da Virgem Maria tomou vida. A Mãe Santíssima me apareceu bela, tão bela!...

Eu jamais encontrarei uma expressão que pudesse definir esta divina formosura, esta beleza incrível. Seu rosto irradiava inefável bondade e ternura, mas o que me calou no fundo da alma foi o sorriso que tinha nos lábios; encantador, arrebatador! Todos os meus sofrimentos se desvaneceram. As lágrimas corriam fartas, de minhas pálpebras, deslizando silenciosamente pela face...
Eram lágrimas de uma alegria celeste e sem inquietação! A Virgem Santíssima caminhou em minha direção! Ela sorriu para mim... Como estou feliz! Mas, nunca, jamais contarei isso a alguém, porque, então, desapareceria a minha felicidade.

Sem nenhum esforço, baixei os olhos, e reconheci, então, minha irmã querida, Maria! Ela me observava com amor, parecia emocionada e parecia estar duvidando da grande graça que eu acabara de receber.

Oh! Era exatamente a ela, às suas edificantes orações que eu devia a graça do sorriso da Rainha dos Céus. Quando viu meu olhar fito na Santíssima Virgem, disse de si para si: "Teresa está curada!"

Sim, a florzinha ia renascer para a vida, o Raio luminoso do doce sol que a reanimara, também a aquecera e a libertara do cruel inimigo! "O inverno sombrio terminara, as chuvas se foram, Teresa estava curada". E a florzinha da Virgem Maria estava tão fortalecida que cinco anos mais tarde, desabrochou na montanha fértil do Carmelo".

(Santa Teresinha do Menino Jesus, História de uma alma, capítulo III).


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