“Como levar almas para o céu? Confessando-as.”
São
João Batista de Rossi foi um mestre de espiritualidade. Sua ação apostólica
fez-se notar sobretudo junto ao povo simples. Sua gente eram os pobres, os
presos, os marginalizados, os desvalidos, fundou o albergue para as mulheres,
dedicado a são Luis Gonzaga, seu santo predileto. Mesmo com a saúde
fragilizada, nunca abandonou sua atividade evangelizadora. Sempre estava nas
praças de Roma improvisando um sermão para os desocupados e à tarde quando o
povo voltava do trabalho. A simpatia que ganhava do povo humilde dos subúrbios
atraia ao seu confessionário longas filas de penitencia. Tinha o dom do
conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis.
João
Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltagio, na
província de Gênova, Itália. Aos dez anos, foi trabalhar para uma família muito
rica em Gênova como pajem, para poder estudar e manter-se e aos 13 anos mudou-se para Roma, onde permaneceu morando
na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos
jesuítas. Lá se doutorou em filosofia, convivendo com os melhores e mais
preparados de sua geração de clérigos. Depois, os cursos de teologia ele
concluiu com os dominicanos de Minerva.
Epilético e atingido por uma doença que lhe tomou os olhos, João Batista de Rossi é a representação da vontade que triunfa sobre a fragilidade e a doença que abatem o corpo. Em 1714 ingressou na vida religiosa, completando os seus estudos teológicos em Minerva.
Ordenou-se sacerdote no dia de 08 de março de 1721, dando
início ao seu apostolado. Criou também a Pia União de Sacerdotes Seculares, que
era anexa ao albergue de Santa Galha, onde mais tarde receberia duas personalidades
do mundo romano. Depois inauguraria um albergue para mulheres dedicando-o a
Luís Gonzaga, santo de sua devoção.
O
seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom
do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas
para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com
que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda a cidade e de outras
vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza, e
onde houvesse necessidade de algum socorro ali estava ele levando seu fervor e
força espiritual.
Quando
seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucedê-lo em Santa Maria, em
Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro para poder
dedicar-se com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos.
Mesmo muito doente, reunia forças para continuar os seus
trabalhos com os pobres. Não era difícil vê-lo realizando sermões para
desocupados e também à tarde, quando as pessoas voltavam do trabalho. Assim
conquistava a simpatia do povo que fazia longas filas para poder se confessar
com S. João. Em santa Maria foi eleito cônego, mas o seu exercício já estava
bastante comprometido pelo avanço de sua doença.
Morreu tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade alheia. Sacerdote, São João Batista de Rossi passou quase toda a vida em Roma, onde praticou eminentes atos de caridade e serviço aos pobres e aos prisioneiros.
Foi um grande apóstolo do confessionário.
Foi beatificado por Pio IX, que o sucedeu na Pia União dos
Sacerdotes Seculares de Santa Galha. A 08 de dezembro de 1881, o Papa Leão XIII
o canonizou.
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