domingo, 21 de maio de 2017

21 de maio - Nossa Senhora da Humildade

Nada se sabe sobre a origem deste título dado a Nossa Senhora; infelizmente, nem mesmo a data em que começou a ser venerada.
A imagem que representa Nossa Senhora da Humildade é de madeira e bem esculpida. Sua estatura é da proporção natural de uma mulher perfeita, está com as mãos levantadas. É de rara beleza e mostra uma modéstia soberana e majestosa, e tanto que causa a todos os que nela põem os olhos uma profunda reverência e suma veneração.
Seu adorno, além do manto de seda que lhe põem os fiéis, é uma rica coroa de prata. Quanto à sua origem, dizem os moradores daquela vila que a trouxe da índia um devoto seu, natural da mesma terra, há mais de cem anos.
Conforme as palavras de frei Agostinho de Santa Maria, do Santuário Mariano: “Não me admiro do título de Humildade com que a Rainha dos Céus, a imperatriz do mundo e Mãe de Deus quer ser invocada, porque, do muito que ela agradou ao Altíssimo por sua profunda humildade, ele a levantou à maior grandeza, elegendo-a sua Mãe.”
A própria Virgem Santíssima confessa que de sua grande humildade lhe nascera a maior alteza e soberania: “Quia respexit homilitatem ancillae suae; fecit mihi magna”.
Festeja-se Nossa Senhora da Humildade na segunda-feira depois da oitava da Páscoa, dia em que se festeja também Nossa Senhora dos Prazeres. 

Oração
Ó querida e amada senhora,
Permita-me observar os meus próprios comportamentos
E reconhecer
Quando as nuvens sobre a minha cabeça estão tão carregadas
Que “fecham o tempo” do meu semblante.
E que se faça a chuva, em lágrimas de purificação.
Conceda-me a benção de viver a porção criadora presente em todos nós,
Refreando o impulso de apontar a criatura nos outros.
Os outros, estes espelhos de mil formas e tamanhos.
Que refletem o que não queremos ver.
[Pois já vimos]
Porque a cada dia minha consciência se expande,
Expondo ainda mais a minha própria incompletude.
Que meu propósito seja firme e claro,
Para que eu saiba a hora de ficar
Ou partir
Quando o solo em que piso não me parecer mais tão fértil.
E que eu parta,
Com a confiança de que a semente é viva.
E que sempre haverá um bom solo a se cultivar,
Especialmente aquele a que chamamos coração.
Que eu seja grata por um lugar que possibilite viver a minha essência,
Sem esquecer que esse lugar
É todos os lugares onde você esteja, minha Mãe,
Pois a essência desconhece tempo e espaço.
Ainda, com fervor, lhe peço,
O olhar compassivo, porém, nunca conivente,
Para com os outros olhos que refletem os meus.
E que os dedos das minhas mãos não sejam usados individualmente
No vão exercício de [apenas] apontar os defeitos alheios.
Mas que, unidos, qual estrela de cinco pontas,
Estendam a mão para a Fraternidade.
Nós somos, Senhora, vós bem o sabes,
Medo e Desejo
Criador e Criatura
Nuvem negra e Sol radiante
Seres espirituais.
Que jamais nos esqueçamos.
Que sempre celebremos.
A alegria e a dor
Da brevidade
Do Corpo e da Mente
E a imortalidade
Da Alma.
Amém.

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