“Esteja sobre nós a bondade do Senhor, nosso Deus”. A consciência profunda
da bondade do Senhor animava o Beato Domingos Lentini, o qual na sua pregação
itinerante não se cansava de propor o apelo à conversão e ao retorno a Deus.
Por este motivo, a sua atividade apostólica era acompanhada pelo assíduo
ministério do confessionário. Bem sabeis, com efeito, que na celebração do sacramento
da Penitência o sacerdote se torna dispensador da misericórdia divina e
testemunha da nova vida que nasce, graças ao arrependimento do penitente e ao
perdão do Senhor.
Sacerdote,
de coração indiviso, soube conjugar a fidelidade a Deus com a fidelidade ao
homem. Com ardente caridade dirigiu-se em particular aos jovens, que educava
para serem firmes na fé, e aos pobres, aos quais oferecia tudo aquilo de que
dispunha, com uma absoluta confiança na divina Providência. A total dedicação
ao ministério fez dele, segundo a expressão do meu venerado Predecessor, Papa
Pio XI, «um sacerdote rico só do seu
sacerdócio».
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 12 de outubro de
1997
Domingos Lentini nasceu em
Lauria, Província de Potenza (Itália), Diocese de Tursi-Lagonegro, a 20 de
Novembro de 1770, numa família humilde e piedosa. Aos quatorze anos seguiu a
vocação ao sacerdócio e progrediu na vida espiritual e na formação cultural, em
primeiro lugar na paróquia natal e, depois, no Seminário de Policastro.
Em 1794 foi ordenado
Sacerdote, tendo exercido o ministério sempre na paróquia de Lauria,
dedicando-se especialmente à confissão dos fiéis, à pregação do Evangelho,
sempre obediente ao Bispo e não querendo assumir cargos honoríficos. Foi
ministro da Cruz, amou a Cruz, vivendo-a à luz da Ressurreição, seguindo a
Cristo no caminho da contínua pobreza e dura penitência. Teve uma grande
devoção à Virgem das Dores, cujo culto foi por ele enormemente difundido.
Foi ministro da caridade,
interessando-se pelos mais pobres e praticando profunda severidade para consigo
mesmo e sentido de partilha com todos.
Dotado de muitos carismas
e talentos, manifestou-se como sacerdote de vasta cultura, dedicando-se
heroicamente à Igreja e ao seu povo, em períodos de graves situações sociopolíticas,
semeando serenidade e paz.
A 25 de Fevereiro de 1828,
com fama de santidade, após uma agonia em completo abandono místico, o Servo de
Deus foi chamado a receber a recompensa do seu Senhor.
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