Francisca Tréhet nasceu
em 8 de abril de 1756 em Saint-Mars-sur-la-Futaie, Mayenne, França, de uma
família proprietária de terras. Ela entrou para as
Irmãs da Caridade de Notre-Dame d'Evron, uma congregação fundada em 1682 para a
educação de jovens e para o exercício da caridade. Elas eram popularmente chamadas de "irmãzinhas
cinzentas" por causa da cor de seu hábito. Em 1783, ela foi convidada a abrir uma escola paroquial em
Saint-Pierre-des-Landes, um lugar perto da abadia onde a congregação estava
estabelecida.
Jeanne Véron nasceu em Quelaines, também em
Mayenne, em 6 de agosto de 1766. Ainda jovem, ingressou na mesma congregação do
Beata Tréhet e foi enviada, muito jovem, para ajudar na nova fundação
mencionada.
As duas irmãs compartilhavam sua vocação não
apenas ensinando na escola, mas também cuidando dos doentes e desamparados. As
professoras, mesmo em escolas paroquiais, eram funcionárias do Estado, de modo
que, na Revolução, cabia a ambas jurarem fidelidade à República, o que
significava, por enquanto, recusar a fidelidade à Igreja. Isso aconteceu
em 1791, e as duas irmãs se recusaram a assinar, então foram demitidas.
Dedicaram-se à caridade, aos cuidados dos
pobres, órfãos e doentes. Entre essas tarefas, elas acolheram e esconderam
padres perseguidos. As duas foram presas em fevereiro de 1794, com
acusações de recusar obediência à República e esconder padres relutantes. A
bem-aventurada Tréhet disse que não podia recusar-se a tratar qualquer pessoa
doente, e quando solicitada jurar obediência à República, recusou, e foi, junto
com sua parceira, condenada à morte.
A bem-aventurada Véron não foi presa para aguardar
a execução, mas teve que ser hospitalizada, porque estava gravemente doente.
Em 13 de março, Francisca Tréhet, 37, foi
executada e, uma semana depois, no dia 20, levada em uma maca, Jeanne Véron,
27, foi também executada. As duas foram beatificadas em 1955, junto com
outras vítimas de perseguição na diocese de Laval.
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