terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

19 de fevereiro - Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes. Mc 8,15


No trecho proposto pela liturgia Jesus fala de um fermento que não faz o reino dos Céus: um fermento estragado. Há, portanto, dois fermentos, um bom e um estragado: o fermento que faz levedar o reino de Deus e o fermento que é só aparência no reino de Deus. De resto, o fermento faz crescer sempre; faz crescer, quando é bom, de modo consistente, substancioso e torna-se um bom pão, uma boa massa: cresce bem. Mas o fermento estragado não faz crescer bem.

Recordo que no carnaval, quando éramos crianças, a avó nos preparava doces, e a que ela fazia era uma massa muito fina. Depois colocava-a no azeite e aquela massa crescia e quando nós a comíamos, estava vazia. Aqueles doces em dialeto chamam-se “mentirinhas”. E era precisamente a avó quem explicava a razão: aqueles doces são como as mentiras: parecem grandes, mas dentro não têm nada, não há nada verdadeiro; não há substância alguma.
Por conseguinte, Jesus põe-nos de sobreaviso: Estai atentos ao fermento estragado, o dos fariseus. E aquele fermento é a hipocrisia. Por isso, o convite do Senhor é para que nos precavemos bem do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.

A hipocrisia que tem duas caras é um simulador. O próprio Jesus, falando destes doutores da lei, afirma que eles dizem e não fazem.
Por isso é importante perguntar-se: Como cresço? Cresço com o fermento velho que de nada serve? Cresço como os crepes da minha avó, vazios, sem substância, ou cresço com o fermento novo, o que faz o reino dos Céus? Como é o meu fermento?

Papa Francisco – 14 de outubro de 2016

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