Jesus repreende o fato
de que o principal sinal é o prodígio e que com isto todos estão contentes e só
desta forma acreditam. Contudo, diz o Senhor, não ides a outras partes, não
caminheis para outros sítios: onde está a vossa fé? Porque, ver um milagre, um
prodígio e dizer “tu tens o poder, tu és Deus” é sem dúvida um ato de fé, mas
muito pequenino. Aliás, observando Jesus é evidente que este homem tem um grande
poder, mas ali começa a fé e depois deve ir em frente: onde está o teu desejo
de Deus? Porque a fé é isto: ter o desejo de encontrar Deus, de o encontrar, de
estar com ele, de ser feliz com ele.
Na realidade o que
Jesus fez é um início, é um sinal; mas qual é o milagre? Em que devemos
acreditar, sem ver sinais? É o Senhor que o explica: Pois eu vou criar novos
céus, e uma nova terra; (…) serão experimentadas a alegria e a felicidade
eterna daquilo que vou criar. Pois vou criar uma Jerusalém destinada à alegria,
e o seu povo ao júbilo. Portanto, o Senhor estimula em nós este desejo de
alegria, esta alegria de estarmos com ele. E Jesus repreende aqueles que param
— “sim, acredito” — e não vão em frente.
Assim quando o Senhor
passa na nossa vida e faz um milagre em cada um de nós, todos sabemos o que o
Senhor fez na nossa vida, mas não é tudo: este é o convite a ir em frente, a
continuar a caminhar, a “procurar o rosto de Deus”, a procurar esta alegria. O
sinal é o início e compreende-se que Jesus é um pouco impaciente — não quero
dizer que se chateia, mas é impaciente — quando vê que as pessoas param ao
primeiro passo.
Eis que, cada um de
nós pode questionar-se: Como é o meu desejo? Sinto-me satisfeito no desejo com
a vida que levo em diante ou procuro levar por diante, mesmo com dificuldade,
com algumas provações, cada vez mais, mais, mais, porque o Senhor é este mais,
mais, mais?
Procuro o Senhor
deste modo ou tenho medo ou sou medíocre?
Papa
Francisco – 12 de maio de 2018
Hoje celebramos:
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