O trecho evangélico
de hoje narra sobre um homem possuído pelo demônio, que de repente se põe a
gritar: "O que queres de nós, Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei
que Tu és o Santo de Deus!". E Jesus intima-o: "Cala-te!
Sai dele!". E imediatamente, com gritos dilacerantes, o espírito
maligno saiu daquele homem.
Jesus não só
expulsa os demônios das pessoas, libertando-as da pior escravidão, mas impede
que os demônios revelem a sua identidade. E insiste sobre este
"segredo", porque está em jogo o bom êxito da sua própria missão, da
qual depende a nossa salvação. Com efeito, sabe que para libertar a humanidade
do domínio do pecado, Ele deverá ser sacrificado na cruz como verdadeiro
Cordeiro pascal. O demônio, por sua vez, procura distraí-lo em vista de o
desviar ao contrário para a lógica humana de um Messias poderoso e com sucesso.
A cruz de Cristo será a ruína do demônio, e é por isso que Jesus não cessa de
ensinar aos seus discípulos que para entrar na sua glória deve sofrer
muito, ser rejeitado, condenado e crucificado, dado que o sofrimento faz parte
integrante da sua missão.
Jesus sofre e morre
na cruz por amor. Deste modo, considerando bem, deu sentido ao nosso
sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres de todas as épocas
compreenderam e fizeram seu, experimentando uma profunda serenidade também na
amargura de árduas provas físicas e morais.
A Virgem Maria
conservou no seu coração de mãe o segredo do seu Filho, compartilhou a hora
dolorosa da paixão e da crucifixão, sustentada pela esperança da ressurreição.
Papa
Bento XVI – 01 de fevereiro de 2009
Hoje celebramos:
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