Esta humilde mulher,
desprovida de qualquer meio oferecido pelo progresso técnico, sem cultura e sem
dinheiro, conseguiu dar vida a uma grande obra de cultura e promoção social,
confirmando assim a profunda verdade das palavras de São Paulo, segundo a qual
"Deus escolheu o que é fraco no mundo para confundir os fortes"(ICor 1,
27).
Papa
Paulo VI – Homilia de Beatificação – 16 de abril de 1978
Catarina Kasper
nasceu em 1820 em Dernbach, Alemanha. Foi à terceira dos quatros filhos de
Henry e Catherine Kasper, humildes camponeses e de profunda fé cristã.
Durante a idade de 6 a 14 anos, Catarina frequentou a escola da aldeia. No entanto, era uma criança doente e faltava à escola com frequência. Sua educação formal foi equivalente a cerca de dois anos.
Quando Catarina tinha 21 anos, seu pai morreu. Ela começou a trabalhar como camponesa e tecelã por 10 centavos por dia, para sustentar a mãe e a ela mesma.
Mesmo quando era ainda criança, Catarina era sensível às necessidades dos pobres em sua aldeia, e como uma jovem mulher, começou a ajudar os pobres e os abandonados, visitando os doentes. Sua caridade atraiu outras jovens de sua aldeia, e encorajada pelo seu diretor espiritual, padre Heimann, ela formou uma Associação de Caridade.
O amor de Catarina por Maria, mãe de Deus, foi alimentado por suas frequentes visitas à capela dedicada a Nossa Senhora de Heilborn. A fé de Maria em resposta aos projetos de Deus motivava Catarina a responder com ousadia os sussurros do Espírito Santo.
As inspirações do Espírito, a "voz dentro de mim”, como Catarina chamou, incentivou-a a construir uma pequena casa. Com o apoio do Bispo Peter Josef Blum, cerca de onze dólares e muita fé, ela começou a construção em 1847. Após a morte de sua mãe, em 1848, ela pode mudar-se para sua pequena casa e dedicar mais tempo ao seu trabalho de caridade.
Com o tempo, quatro jovens juntaram-se a ela, e a 15 agosto 1851 este pequeno grupo tornou-se uma congregação religiosa. Catarina escolheu o nome de Servas Pobres de Jesus Cristo. Ela teve como modelo Maria a primeira Serva. Como Maria, ela ouviu atentamente ao Espírito e respondeu com coragem a vontade de Deus.
Catarina, conhecida na vida religiosa como Mãe Maria, morreu em 2 de fevereiro de 1898, dois dias após ter sofrido um ataque cardíaco. Por causa de suas obras, e o seu seguimento a Jesus Cristo, a Igreja nomeou-a como Beata Maria Catarina Kasper em 16 de abril de 1978 e foi canonizada pelo Papa Francisco em 14 de outubro de 2018.
O milagre para sua
canonização aconteceu na Índia:
Em 26 de novembro
daquele ano, um religioso chamado Leo, da cidade de Madhya Pradesh (Índia),
sofreu um grave acidente na estrada Mumbai-Agra. No dia seguinte, a comunidade
das Servas Pobres de Jesus Cristo, que viviam muito perto do local, ficaram
sabendo do ocorrido.
As irmãs, que
conheciam o religioso, providenciaram sua transferência para o Centro de
Investigação Choithram em Indore, onde foi conectado a um ventilador mecânico,
devido à sua condição crítica. O Irmão Leo tinha poli traumatismo com múltiplas
lesões na cabeça, hemorragia interna, lesões na coluna vertebral e outras
feridas abdominais.
As imãs Servas
Pobres de Jesus Cristo começaram uma novena para pedir a intercessão da
fundadora Beata Maria Catarina Kasper.
Dois dias depois, a
equipe médica declarou morte clínica do religioso. Com o diagnóstico fatal, a
comunidade à qual pertencia o Irmão Leo começou os preparativos para o funeral.
Durante o velório,
enquanto se despediam do religioso, uma das servas pobres de Jesus Cristo
segurou sua mãe e o chamou por seu nome. Com surpresa, perceberam movimento no
corpo e nos olhos do Irmão Leo.
Imediatamente, o
religioso recebeu os cuidados médicos e, no dia seguinte, começou a falar.
Apesar das graves lesões, as cirurgias programadas não foram necessárias e, em
4 de janeiro de 2012, o Irmão Leo recebeu alta.
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