Luís IX, rei da França, nasceu em 25 de abril
de 1214. Foi educado por sua mãe Branca de Castela e dela recebeu os principais
ensinamentos da Fé: o amor a Deus e à Santíssima Virgem, o apreço pela virtude
e a aversão ao mal. Quando ela tomou em seus braços o menino logo após seu
Batismo, osculou-o no peito, dizendo: “Filhinho,
que agora és um templo do Espírito Santo, conserva-o sempre imaculado e jamais
o manches por um pecado”. Esta boa mãe não hesitava em repetir-lhe, com
muita sinceridade, que preferia vê-lo morto a sabê-lo manchado por um pecado
mortal.
Assumiu o trono da França em 1226, com apenas
12 anos. Casou-se com Margarida de Provença e com ela teve 11 filhos. Praticou,
por toda vida, exercício diário de piedade e penitência em meio de uma corte
elegante e pomposa. Viveu na corte como se estivesse no mais rígido monastério
e fez de todo o país um campo para sua inesgotável caridade. Quando o
qualificavam de demasiado liberal com os pobres, respondia: “prefiro que meus gastos excessivos estejam
constituídos por luminoso amor de Deus, e não por luxos para a vã glória do
mundo”.
Sensível e justo, concedia audiência a todos
debaixo do célebre bosque de Vincennes. Todos admiravam sua serena justiça,
objetivo supremo de seu reinado. A seu primogênito e herdeiro lhe disse uma
vez: “preferiria que um escocês viesse
da Escócia e governasse o reino bem e com lealdade, e não que tu meu filho, o
governasse mal”.
Ele pode ser considerado, antes de tudo, um
homem que queria viver sob o olhar de Deus. Raramente se viu pessoa tão
compenetrada de pertencer mais ao Céu que à Terra. Ao ponto de Joinville, seu
fiel amigo e biógrafo, resumir assim a sua vida: “Este santo homem amou a Deus de todo o seu coração, e O tomou como
modelo em suas obras”.
Toda sua vida sonhou em poder liberar a Terra
Santa das mãos dos turcos. Por uma primeira cruzada promovida por ele terminou
em fracasso. O exército cristão foi derrotado e dizimado pela peste. O rei caiu
prisioneiro e a sua prisão foi o único resultado da expedição. As virtudes do
rei impressionaram profundamente os muçulmanos, que o apontaram “o sultão
justo”.
Em uma segunda expedição ao Oriente, em 1270,
o Rei morreu aos 55 anos, vítima do tifo, mas não antes de dizer ao Sultão de
Túnez: “Estou resoluto a passar toda
minha vida de prisioneiro dos sarracenos sem voltar a ver a luz, contanto que
tu e teu povo possais fazer-se cristãos”.
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