“Cheia de graça”, criada pela graça, um termo difícil de traduzir – é a expressão usada pelo
anjo a Maria narrada no Evangelho de Lucas.
Antes de chamá-la
Maria, a chama cheia de graça, e assim revela o novo nome que Deus deu a ela e
que se adapta melhor do que o nome dado pelos seus pais. Também nós a chamamos
assim, em cada Ave Maria.
Mas, o que quer dizer
cheia de graça?
Que Maria é repleta
da presença de Deus. E se é totalmente habitada por Deus, nela não há lugar
para o pecado. É uma coisa extraordinária, porque tudo no mundo, infelizmente,
é contaminado pelo mal. Cada um de nós, olhando-se dentro, vê lados obscuros.
Também os maiores santos eram pecadores e todas as realidades, até mesmo as
mais belas, são atingidas pelo mal: todas, exceto Maria.
Ela é o único
“oásis sempre verde” da humanidade, a única incontaminada, criada imaculada
para acolher plenamente, com o seu “sim”, Deus que vem ao mundo e começar assim
uma história nova.
Ao dizer a Maria
“cheia de graça”, também estamos fazendo a ela de forma elegante um elogio à
tenra idade que aparenta ter, pois ela nunca envelheceu pelo pecado. Existe uma
única coisa que faz realmente envelhecer: não a idade, mas o pecado. O pecado
torna velhos, porque atrofia o coração. Fecha-o, torna-o inerte, o faz murchar.
Mas a cheia de graça é vazia de pecado. Então é sempre jovem, é mais jovem do
que pecado, é a mais jovem do gênero humano.
Olhemos hoje com
alegria para a “cheia de graça”. Peçamos a ela para ajudar-nos a permanecer
jovens, dizendo “não” ao pecado, e a viver uma vida bela, dizendo sim a Deus.
Papa
Francisco – 08 de dezembro de 2017
Hoje celebramos:
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