sábado, 4 de agosto de 2018

04 de agosto - Dia do Padre


Nós, sacerdotes, somos apóstolos da alegria, anunciamos o Evangelho, ou seja, a boa notícia por excelência; sem dúvida, não somos nós que conferimos força ao Evangelho, mas podemos favorecer ou então impedir o encontro entre o Evangelho e as pessoas. A nossa humanidade representa o vaso de barro no qual conservamos o tesouro de Deus, um recipiente do qual devemos cuidar, para transmitir oportunamente o seu conteúdo inestimável.

O sacerdote não pode perder as suas raízes, pois permanece sempre um homem do povo e da cultura que o geraram; as nossas raízes ajudam-nos a recordar quem somos e para onde Cristo nos chamou. Nós, sacerdotes, não caímos do alto, mas somos chamados, chamados por Deus, que nos tira do meio dos homens para nos constituir a favor dos homens.

Respondendo à vocação de Deus, tornamo-nos sacerdotes para servir os irmãos e as irmãs. As imagens de Cristo que temos como referência para o ministério dos presbíteros são claras: Ele é o Sumo Sacerdote, próximo de Deus e, ao mesmo tempo, perto dos homens; é o Servo que lava os pés e se torna próximo dos mais frágeis; é o Bom Pastor que tem sempre como finalidade o cuidado do rebanho.

O povo de Deus e a humanidade inteira são os destinatários da missão dos sacerdotes, para a qual tende todo o trabalho de formação. A formação humana, intelectual e espiritual confluem naturalmente na formação pastoral, à qual oferecem instrumentos e virtudes, além de disposições pessoais. Quando tudo isto se harmoniza e se amalgama com um zelo autenticamente missionário, ao longo do caminho de uma vida inteira, então o presbítero consegue cumprir a missão confiada por Cristo à sua Igreja.

Enfim, o que nasceu do povo deve permanecer com o povo; o sacerdote está sempre no meio dos outros homens, não é um profissional da pastoral nem da evangelização, que chega e realiza o que deve e depois vai embora, para levar uma vida separada. Somos sacerdotes para permanecer no meio do povo: proximidade.

O bem que os sacerdotes podem fazer nasce principalmente da sua proximidade e de um amor terno pelas pessoas. Eles não são filantropos, nem sequer funcionários; os sacerdotes são pais e irmãos. A paternidade do presbítero faz muito bem!

Papa Francisco – 20 de novembro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário