Paulo I, papa de número 93, seu pontificado durou cerca de 10 anos (757 a 767), foi
nomeado diácono pelo Papa Zacarias, sendo o único papa eleito para suceder o
irmão mais velho, o Papa Estevão II, de quem tinha sido íntimo conselheiro e negociador.
Nascido em Roma, foi
educado desde criança para ser presbítero, no próprio palácio papal, foi eleito
papa um mês após a morte de seu antecessor. Escreveu logo ao rei Pepino, dos
Francos, comunicando sua eleição e o rei não só respondeu como lhe enviou um
cacho de cabelos de sua filha recém nascida Gisela, irmã do futuro Carlos
Magno, pedindo ao papa que aceitasse ser padrinho da pequena princesa.
Os duques e condes
romanos acolheram com entusiasmo a proteção do rei franco, que de longe os
deixava tranquilos sob o governo pontifício e lhes era uma garantia contra a
barbárie dos Longobardos.
O novo pontífice
deu provas de grande habilidade e muita paciência, conseguiu abrandar Desidério,
rei dos temíveis Longobardos. Com o apoio do rei franco convenceu Desidério, a
ajudar o papa recuperar o patrimônio romano nas regiões na Itália sulista que
se encontrava sob o poder bizantino, e apoiar os direitos eclesiásticos do
pontífice contra os bispos destes distritos.
Enquanto isso o
grego Constantino Coprônimo, conhecido por sua oposição à reverência à imagens,
espalhava boatos de terríveis esquadras e ingentes exércitos que estava
preparando para ocupar Roma. Depois de vários encontros entre enviados de ambos
os lados, com a intermediação de Pepino, foi realizado um sínodo em Gentilly, perto
de Paris, no qual as doutrinas de Igreja relativas à Trindade e a reverência de
imagens foram mantidas.
Também
celebrizou-se por sua caridade sem alarde. Visitava à noite os cárceres,
libertando, com seu direito de indulto, os condenados à morte. Pagava às
escondidas os débitos dos que jaziam presos por insolvência, e colocava víveres
e roupas à porta das casas dos pobres.
Fundou com monges
gregos o convento de São Silvestre, ainda hoje existente no local dos antigos e
famosos jardins de Lúculo.
Terminou a capela
de Santa Petronila, que para alguns é filha de São Pedro, iniciada por seu
irmão e chamada capela dos reis francos.
Morreu em Roma, no
dia 28 de junho de 767 e esta é sua data de celebração.
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