quinta-feira, 21 de junho de 2018

21 de junho - Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que estás nos céus. Mt 6,9


“Pai-Nosso” - Esta não é uma das tantas orações cristãs, mas é a oração dos filhos de Deus: é a grande oração que Jesus nos ensinou. Com efeito, entregue a nós no dia do nosso Batismo, o “Pai-Nosso” faz ressoar em nós os mesmos sentimentos de Jesus Cristo. Quando rezamos o “Pai-Nosso”, oramos como Jesus. Foi a oração que Jesus proferiu e que nos ensinou; quando os discípulos lhe disseram: “Mestre, ensina-nos a rezar como tu rezas”. E Jesus rezava deste modo. É tão bonito rezar como Jesus!

Formados pelo seu divino ensinamento, ousamos dirigir-nos a Deus chamando-o “Pai” porque renascemos como seus filhos através da água e do Espírito Santo. Na verdade, ninguém poderia chamá-lo familiarmente “Abbá” — “Pai” — sem ter sido gerado por Deus, sem a inspiração do Espírito. Devemos pensar: ninguém pode chamá-lo “Pai” sem a inspiração do Espírito. Quantas vezes as pessoas dizem “Pai Nosso”, mas não sabem o que estão a dizer. Porque sim, é o Pai, mas será que quando dizes “Pai” sentes que Ele é o Pai, o teu Pai, o Pai da humanidade, o Pai de Jesus Cristo? Tens uma relação com este Pai? Quando rezamos o “Pai-Nosso”, entramos em relação com o Pai que nos ama, mas é o Espírito quem nos confere esta relação, este sentimento de sermos filhos de Deus.

Que oração melhor do que aquela que Jesus nos ensinou pode predispor-nos para a Comunhão sacramental com Ele? Além da Missa, o “Pai-Nosso” é rezado, durante a manhã e à noite, nas Laudes e nas Vésperas; deste modo, a atitude filial em relação a Deus e de fraternidade para com o próximo contribuem para dar forma cristã aos nossos dias.

Na Oração do Senhor — no “Pai-Nosso” — pedimos o pão de cada dia, no qual entrevemos uma especial referência ao Pão eucarístico, do qual necessitamos para viver como filhos de Deus. Imploramos também o perdão dos nossos pecados, e para sermos dignos de receber o perdão de Deus comprometemo-nos a perdoar a quem nos tem ofendido. E isto não é fácil. Perdoar as pessoas que nos ofenderam não é fácil; é uma graça que devemos pedir: Senhor, ensina-me a perdoar como tu me perdoaste. É uma graça. Com as nossas forças não podemos: perdoar é uma graça do Espírito Santo. Assim, enquanto nos abre o coração a Deus, o “Pai-Nosso” dispõe-nos também ao amor fraterno. 

Por fim, peçamos ainda a Deus para nos libertar do mal que nos separa d’Ele e nos divide dos nossos irmãos. Compreendemos bem que estas são exigências muito adequadas para nos prepararmos para a Sagrada Comunhão. 

Papa Francisco - 14 de março de 2018

Hoje celebramos:



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