A Igreja não cessa
de contemplar o amor de Deus, manifestado de maneira sublime e particular no
Calvário, durante a paixão de Cristo, sacrifício que se tornou sacramentalmente
presente em cada Eucaristia. “Do coração amantíssimo de Jesus procedem todos os
sacramentos, mas sobretudo o maior de todos, o sacramento do amor, pelo qual
Jesus quis ser o companheiro da nossa vida, o alimento das nossas almas,
sacrifício dum valor infinito” (Santo Afonso M. de Ligório).
Cristo é uma
fornalha ardente de amor que chama e aplaca: “Vinde a Mim, [...] porque sou
manso e humilde de coração” (Mt 11, 28-29). O coração do Verbo encarnado
é o sinal do amor por excelência; também eu pessoalmente ressaltei a
importância de os fiéis penetrarem o mistério deste coração transbordante de
amor pelos homens, que contém uma mensagem de extraordinária atualidade. Como
escrevia São Cláudio La Colombière, “eis o Coração que amou tanto os homens e
que nada poupou, até se exaurir e se consumir a fim de testemunhar o seu amor”.
“O amor de Cristo
nos constrange” (2 Cor 5, 14) a fazer com que seja conhecido e amado o
Salvador, que derramou o seu sangue pelos homens. “Eu consagro-Me por eles,
para eles serem também consagrados na verdade” (Jo 17, 19). Portanto, exorto
vivamente os fiéis a adorarem Cristo presente no Santíssimo Sacramento do
altar, deixando que Ele cure as nossas consciências, nos purifique, nos ilumine
e nos unifique.
No encontro com
Ele, os cristãos hão-de haurir a força para a sua vida espiritual e a sua
missão no mundo. Com efeito, na intimidade com o divino Mestre, ao descobrirem
o amor infinito do Pai, eles serão verdadeiros adoradores em espírito e
verdade. A fé ser-lhes-á reavivada; entrarão no mistério de Deus e serão
profundamente transformados por Cristo.
Nas provações e
alegrias, conformarão a própria vida ao mistério da Cruz e da Ressurreição do
Salvador.
Tornar-se-ão, todos
os dias, cada vez mais filhos no Filho. Então, por meio deles, o amor
difundir-se-á no coração dos homens, para que se construa o Corpo de Cristo que
é a Igreja e se edifique uma sociedade de justiça, de paz e de fraternidade.
Serão intercessores
da humanidade inteira, uma vez que cada alma que se eleva para Deus, eleva
também o mundo e contribui de modo misterioso para a salvação gratuitamente
oferecida pelo nosso Pai celeste.
Convido, pois,
todos os fiéis a prosseguirem com piedade na sua devoção ao culto do Sagrado
Coração de Jesus, a fim de que não cessem de acolher as suas insondáveis
riquezas, às quais respondem com alegria no amor a Deus e aos seus irmãos,
encontrando assim a paz, entrando num caminho de reconciliação e afirmando a
sua esperança de um dia viver em plenitude junto de Deus, na companhia de todos
os santos.
Papa
João Paulo II – 04 de junho de 1999
Abri-me o vosso Sagrado Coração, ó
Jesus!
Mostrai-me os Seus encantos, uni-me a
Ele para sempre.
Que todos os movimentos e palpitações
do meu coração,
mesmo durante o sono, Vos sejam um
testemunho do meu amor
e Vos digam sem cessar: Sim, Senhor
Jesus, eu Vos adoro…
Aceitai o pouco bem que faço e
fazei-me a mercê de reparar o mal cometido,
para que Vos louve no tempo e Vos
bendiga por toda a eternidade.
Amém.
Sagrado Coração de Jesus, eu confio em
Vós.
(repetir três vezes esta última jaculatória)
Papa Pio IX
Hoje celebramos:
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