quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Santa Helena

Viúva, mãe do Imperador Constantino (ano 329) Helena significa: "tocha resplandecente".
Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família plebeia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro.  Casou-se com ele e deste casamento nasceu Constantino no ano 285, o futuro imperador romano e primeiro imperador cristão.

O imperador Maximiano, quis unir-se a Constâncio Cloro, marido de Helena, para o governo Romano. Mas, para isso, impôs uma condição: que ele deixasse Helena e casasse com Teodora, sua enteada. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa.

Depois da morte do pai, Constanti­no  foi aclamado Augusto Imperador Romano. Isso aconteceu no ano 306, na região inglesa de York, através das legiões da Bretanha, pelo fato importantíssimo de Constantino vencido a batalha. Assim, Santa Helena voltou a viver na corte e recebeu do filho o título de “Mulher Nobilíssima”. Depois disso, ainda recebeu a mais alta honra que uma mulher poderia receber em Roma: o título de “Augusta”.

Estava começando um novo tempo para o cristianismo. Na batalha de Constantino contra Maxêncio, ocorreu um fato extraordinário. A situação era favorável a Maxêncio. Constantino, porém, contrário às perseguições contra o cristianismo, teve uma visão: uma cruz brilhante no céu, e as palavras: 
"Com este sinal vencerás".
Constantino, então, mandou pintar as bandeiras e estandartes de seu exército com esta cruz e venceu. Este acontecimento causou a conversão de Constantino.

Ele então, ordenou o fim das perseguições contra os cristãos, através do famoso documento chamado “Edito de Milão”, no ano 313. Graças ao Edito, o cristianismo passou a ter os mesmos direitos das outras religiões.

Ao contrário do filho Constantino, que só se batizou perto de sua morte, Helena quis ser batizada e assumir a fé cristã desde o início de sua conversão. Ela, ao longo de sua vida mostrou grande fervor. Este fervor aparecia em grandes obras assistenciais e na construção de várias igrejas em lugares santos.

Ela dedicou toda sua influência e ações para proteger a fé cristã, que emergia das catacumbas para o tempo da liberdade. O maior desejo de Santa Helena era visitar a Terra Santa. Apesar da idade e dos perigos da viagem, ela conseguiu realizar seu sonho, visitando os lugares santos, promovendo o culto e mandando construir igrejas na Palestina.

Santa Helena foi acompanhar escavações começadas em Jerusalém pelo bispo chamado São Macário. Este encontrou o Santo Sepulcro escavado na rocha, a Cruz de Jesus e as duas cruzes dos ladrões. Conta a tradição que Helena ajudou o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.

Entusiasmada com este acontecimento, ela mandou que procurassem a gruta do nascimento de Jesus e o lugar sobre o Monte das Olivei­ras onde Jesus falou com seus discípulos antes da Ascensão. Depois dessas descobertas, Santa Helena dedicou-se à construção de outras igrejas.

A generosidade de Santa Helena era grande. Ela ajudava os indivíduos e comunidades inteiras. Os pobres eram objetivos especiais deste seu grande amor. Ela visitava igrejas e comunidades fazendo grandes doações. Ela construiu a Basílica da Natividade, em Belém, que dura até hoje, e a Basílica da Ascensão de Jesus, no Monte das Oliveiras. Ajudou na construção de mosteiros e ela própria vivia num convento na Palestina, participando com grande devoção de todos os exercícios de fé e piedade.

Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. Algumas de suas relíquias são veneradas na basílica dedicada a ela em Roma.

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