“O apostolado da misericórdia inundou a vida do Beato
Edmundo Bojanowski. Este proprietário de terras de Wielkopolska, dotado por
Deus de numerosos talentos e de uma particular profundidade de vida espiritual,
não obstante tivesse uma saúde frágil, realizou e inspirou com perseverança,
prudência e generosidade de coração uma vasta atividade em benefício da população
rural.
Orientado por um discernimento repleto de sensibilidade às
necessidades, deu início a numerosas obras educativas, caritativas, culturais e
religiosas, de apoio material e moral à família rural. Permanecendo leigo,
fundou a Congregação das Servas da Bem-Aventurada Virgem Imaculada, muito
conhecida na Polônia. A guiá-lo em cada uma das suas iniciativas era o desejo
de que todos se tornassem partícipes da redenção.
Inscreveu-se na memória humana como «um homem
cordialmente bom» que, por amor a Deus e aos homens, sabia unir com
eficácia os vários ambientes à volta do bem. Na sua rica atividade, precedeu de
muito aquilo que o Concílio Vaticano II disse acerca do tema do apostolado dos
leigos. Deu um excepcional exemplo de trabalho generoso e sapiente em prol do
homem, da Pátria e da Igreja. A obra do Beato Edmundo Bojanowski foi continuada
pelas Irmãs Servas, a quem saúdo de todo o coração e agradeço o serviço
silencioso e repleto de espírito de sacrifício a favor do homem e da Igreja.”
Papa João Paulo II – Homilia de beatificação – 13 de junho
de 1999
Edmundo Bojanowski (1814-1871). Leigo, fundador da
Congregação religiosa feminina, as Servas da Imaculada. Nasceu numa
família de nobreza rural, na região de Poznań que naquele tempo pertencia
ao Império Prussiano.
Apaixonado de história e filosofia, empreendeu os estudos na
Universidade da Breslávia e de Berlim, mas, devido à morte dos pais e depois à
própria doença (tuberculose), interrompeu-os e passou a dedicar-se ao trabalho
social entre a população rural.
Para isto contou com o auxílio de algumas jovens, e daí
surgiu a fundação das Servas da Imaculada, cuja aprovação ocorreu em 1858.
Depois da morte do fundador, esta Congregação dividiu-se em
vários ramos, por razões políticas das regiões onde as Irmãs trabalhavam, mas
permanecendo fiel ao carisma de espiritualidade e ao ideal de serviço ao
próximo.
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