Beatificada em 24 de
novembro de 2012, pelo Cardeal Angelo Amato, que em sua homilia destacou como a
irmã Maria Troncatti foi mensageira da paz, oferecendo sua vida para que se
desfizessem as divisões entre os colonos e os Shuar, povo indígena que vive na
floresta amazônica entre o Peru e o Equador. “Ela mostrou o rosto materno de
Deus bom e misericordioso”, disse Dom Angelo. O cardeal também destacou
o quanto irmã Troncatti foi capaz de realizar obras de misericórdia, dando de
comer aos que tinham fome, de beber aos sedentos, curando os doentes e
visitando os que se encontravam em dificuldades.
A beata irmã Maria Troncatti Nasceu em
Corteno Golgi, Brescia, na Itália, no dia 16 de fevereiro de 1883. Em uma
família grande, cresceu alegre e trabalhadora, dividindo-se entre os afazeres
do campo e o cuidado dos irmãos menores, em clima cheio de afeto dos pais
exemplares.
Assídua
à catequese paroquial e aos sacramentos, a adolescente Maria foi desenvolvendo
um profundo senso cristão que a abriu para os valores da vocação religiosa.
Porém, por obediência ao pai e ao pároco, esperou atingir a maioridade para
pedir admissão no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e emitiu a
primeira profissão em Nizza Monferrato, no ano de 1908.
Durante
a Primeira Guerra Mundial (1915-18), irmã Maria frequentou em
Varazze cursos de assistência sanitária e trabalhou no hospital militar como
enfermeira da Cruz Vermelha.
Uma experiência que foi muito preciosa para a sua longa atividade missionária
na floresta amazônica do oriente equatoriano.
Em
1922 partiu para o Equador, enviada a trabalhar junto aos índios shuar. Ali,
com outras duas irmãs, começou um difícil trabalho de evangelização, em meio a
riscos de todo tipo, inclusive os ataques de animais da floresta e as
armadilhas dos rios abundantes, que eram atravessados a nado, sobre frágeis
pontes de cipó, ou ainda nas costas dos índios.
Macas,
Sevilha Dom Bosco, Sucúa são alguns dos “milagres” ainda vivos e florescentes
da ação da irmã Maria Troncatti: enfermeira, cirurgiã e ortopedista, dentista e
anestesista. Mas, sobretudo catequista e evangelizadora, rica de maravilhosos
recursos de fé, de paciência e de amor fraterno.
Sua
obra em favor da promoção da mulher shuar floresce hoje em centenas de novas
famílias cristãs, formadas pela primeira vez por livre escolha dos jovens noivos.
Ir.
Maria morreu num trágico acidente aéreo em Sucúa no dia 25 de agosto de 1969.
Seu corpo repousa em Macas, na Província de Morona (Equador).
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