quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

07 de fevereiro - Santo Egídio Maria de São José


A Igreja hoje proclama a glória de Deus manifestada na santidade da vida de Egídio Maria de São José. Autêntico filho espiritual de São Francisco de Assis, Egídio desenhou a partir da contemplação dos mistérios de Cristo o ardor de uma instituição de caridade sem limites, inspirando o seu próprio caminho espiritual para a humildade da Encarnação e a gratuidade da Eucaristia.

Ele foi capaz de estar atento às necessidades das pessoas que ele conheceu tanto na realização das tarefas mais humildes na vida fraterna quanto no serviço aos pobres. Em suas andanças diárias pelas ruas de Nápoles, onde viveu por muito tempo, ele trouxe a palavra evangélica de reconciliação e paz em um ambiente marcado por tensões sociais e por situações de extrema pobreza, tanto econômica quanto espiritual.

Ninguém foi excluído de sua atenção atenciosa. Manifestava calor espiritual com a exortação do Evangelho: "Ame a Deus, ame a Deus”. Assim, convidando todos à conversão do coração em direção a Deus "misericordioso e compassivo, lento para a cólera, cheio de amor e fidelidade" (Ex 34, 6) que, como proclamamos hoje na passagem do Evangelho "Tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho único" (Jo 3, 16).

A mensagem que recorda o amor e fidelidade de Deus é extremamente oportuna! O mundo precisa urgentemente acreditar no amor de Deus! Santo Egídio mereceu, com sua humilde e feliz existência, o nome de "Consolador de Nápoles". Sua memória ainda hoje está viva e seu exemplo convida os cristãos do nosso tempo a viver plenamente o Evangelho das Bem Aventuranças, respondendo com santidade ao amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

Papa João Paulo II – Homilia de Canonização - 02 de junho de 1996

Santo Egídio Maria de São José nasceu em Taranto, uma cidade do sul da Itália, no dia 16 de novembro de 1729, foi batizado com o nome de Francisco Antônio.

Tendo recebido de seus pais – humildes artesãos – uma educação religiosa esmerada, o pequeno Francisco cresceu fazendo frequentemente a comunhão, cultivando desse modo uma particular devoção por Jesus sacramentado; cultivava também a devoção à Nossa Senhora, mediante a recitação frequente do terço e que marcava o seu dia-a-dia.
É provável que nunca tenha ido à escola, pois ainda muito jovem teve que encontrar um emprego para ajudar no ganha-pão da família.

Quando completou dezoito anos, seu pai veio a falecer; apesar da grande tristeza, ele teve que se dedicar aos trabalhos para sustentar a família que, de pobre que era, havia se tornado paupérrima. Sua mãe posteriormente contraiu novas núpcias e com isso, Francisco se tornou livre para perseguir seu grande sonho: entrar na vida religiosa.

De fato, aos 24 anos, ele entra, como irmão leigo, nas fileiras dos Frades Menores Alcantarinos de Taranto. Após fazer seu noviciado, tomou o nome de Frei Egídio da Mãe de Deus e, depois do período de provação, ao fazer sua profissão solene, tomou o nome de Frei Egídio Maria de São José.

Depois de algum tempo, Frei Egídio foi destinado ao convento de São Pascoal, na cidade de Nápoles. A cada dia, na porta desse convento, chegavam inúmeros pobres que ao se depararem com a bondosa acolhida de Egídio começaram a espalhar sua fama em toda Nápoles.
Por causa de sua atividade pastoral junto aos doentes e moribundos que, diante de sua presença, encontravam consolo e paz, foi chamado de o “consolador de Nápoles”.
Muitos o procuravam para pedir conselhos e suplicar orações ao Senhor. Efetivamente, quando Frei Egídio chegava ao seu convento, ia aos pés da estátua de Nossa Senhora para chorar e implorar graças aos doentes, aos pobres, desesperados, enfim, todos aqueles que havia encontrado na estrada durante seu ministério.
Com frequência, as testemunhas em seu processo de canonização relataram prodígios e milagres ocorridos mediante a intercessão de Frei Egídio: numerosos casos de profecias, curas inesperadas, multiplicação de alimentos e tantos outros sinais.

Frei Egídio Morreu no dia 7 de fevereiro de 1812 e toda a cidade de Nápoles foi ao encontro do féretro para prestar as últimas homenagens, tal era o apreço que se nutria por “Fra Egidio”, o consolador de Nápoles. No dia 2 de junho de 1996, São João Paulo II o canonizou.


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