quinta-feira, 3 de agosto de 2017

03 de agosto - Santo Eusébio de Vercelli

"Eu vos conjuro a guardar a fé com grande vigilância, a conservar a concórdia, a rezar com frequência e a recordar-vos de nós, a fim de que o Senhor se digne a libertar a sua Igreja, que sofre sobre toda a terra, e nós, que estamos oprimidos, possamos ser libertados e ir com alegria para vós." 
 Carta do exílio 

Eusébio nasceu na ilha da Sardenha no ano 283. De uma família rica, depois da morte do seu pai, sua mãe o levou para completar os estudos em Roma, em vista de uma carreira remunerativa na área do Direito.

Em Roma encontrou a fé. Foi batizado pelo próprio papa santo Eusébio, do qual assumiu o nome. Deixando para trás a carreira forense, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos foi ganhando a admiração do povo cristão e do Papa Júlio I que o consagrou Bispo da diocese de Vercelli em 345.

Pastor zeloso, rico de iniciativas, interessado na vida de toda a comunidade cristã, não só dentro dos limites de sua diocese. Participava das batalhas teológicas, sempre entre os defensores da doutrina confirmada solenemente em Niceia.

Participou do concílio de Milão em 355, no qual os Bispos adeptos da doutrina ariana, que pregava somente a humanidade de Jesus, tentaram forçá-lo a votar pela condenação do Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, defensor de Jesus como Homem e Deus. Ficou ao lado de Atanásio e foi condenado ao exílio na Palestina. Sofreu muito nas mãos dos hereges arianos. Sua posição em favor da verdade acabou levando-o para a prisão. Sofreu castigos físicos e psicológicos.

Quando o povo cristão tomou conhecimento deste fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Entretanto permaneceu exilado por muito tempo. Já em idade avançada, foi torturado, sofreu fome e, do exílio escreveu aos fiéis: “Com furor, não só arrastado por terra, mas, às vezes, com o corpo desnudado, a numerosa turba me transportou.”

Depois do exílio de seis anos, Eusébio participou do concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, Santo Atanásio, onde ficou claro que a doutrina ariana era uma heresia. Trabalhou pela unidade da Igreja e pela eliminação das heresias. Morreu na sua diocese em 371.

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