segunda-feira, 19 de junho de 2017

19 de junho - Santa Juliana Falconieri

Natural de Florença, Itália, foi atraída pela santidade de vida dos primeiros frades Servos de Maria, consagrou-se a Deus, entregando-se à contemplação, à penitência e às obras de misericórdia.

Juliana nasceu em 1270, filha de Ricordata e Caríssimo, irmão de santo Alexis Falconieri, um dos fundadores dos Servitas. Caríssimo tornou-se muito rico, por sua habilidade comercial; temendo não ter ganho honestamente as suas posses, pediu ao papa Urbano IV a absolvição geral e empregou toda sua fortuna em boas obras. Era bem idoso já, quando lhe nasceu Juliana. As primeiras palavras que a menina pronunciou foram Jesus e Maria. Caríssimo morreu pouco tempo depois.

Quando criança, ela costumava passar longas horas orando no templo, por isso a mãe não parava de dizer: "Se você não conceder mais tempo para costura e culinária, você não vai encontrar um marido." Mas essa ameaça não produz qualquer medo, e ela sentia uma imensa inclinação para a virgindade. Sua mãe e o e seu tio prepararam-lhe um casamento honroso, mas ela os chamou de lado e disse-lhes que tinha tomado a firme decisão de permanecer solteira e dedicar suas vidas à oração, meditação, a instituições de caridade e de apostolado.

Aos 14 anos recebeu o hábito de terceira na Congregação dos Servitas, dado por são Filipe Benício. Durante um ano foi objeto de admiração para sua família e para sua mãe. Na presença de são Filipe fez ainda a sua profissão; pouco tempo depois ele faleceu, não sem recomendar-lhe a Congregação toda, mas particularmente as Irmãs.

Há muito tempo Juliana conhecia os instrumentos de penitência; jejuava as quartas e sextas-feiras, não recebendo senão a santa comunhão; aos sábados comia apenas um pouco de pão e tomava água, e passava o dia a contemplar as sete dores de Maria; a sexta-feira era consagrada aos mistérios da paixão do Senhor, em honra dos quais se flagelava até o sangue.

Após a morte de sua mãe, ocupou-se em reunir aquelas que, querendo se consagrar a Deus como ela, até então tinham vivido nas casas de suas famílias. Uma vez todas instaladas na casa, ela própria quis pedir a admissão, de pés nus e com uma corda ao pescoço, batendo à porta.

O papa Bento XI, em 1304, declarou essa Congregação verdadeira Ordem religiosa. Dois anos mais tarde, Juliana aceitou ser superiora. Tendo viva consciência de que aquele que está mais altamente colocado deve ser o servo dos outros, procurava sempre os trabalhos mais humildes. Dormia pouco, estendida sobre chão nu; suas orações, que duravam até um dia inteiro, obtiveram-lhe a graça e a força de resistir às mais abomináveis tentações. Pacificou discórdias civis, interessou-se pelos pobres e pelos doentes, que ela curava ao contato de suas mãos.

Tornou-se frequente que de seus lábios saísse esta exclamação: “ninguém tira de meu coração o meu amor Crucificado!”. Fruto deste amor era um vivo ódio ao pecado. Só ao ouvir pronunciar esta palavra sentia um enorme horror; certa vez chegou a cair sem sentidos ao ser-lhe narrado o relato de uma ofensa feita a Deus.

E não faltaram em sua vida as obras de caridade: empregava muito tempo em cuidar dos doentes nos hospitais e distribuiu entre os pobres, com alegria, as muitas riquezas de sua família.

No fim de sua vida, por causa de doença do estômago, não suportou mais alimento algum, nem mesmo a comunhão. Na hora da morte, não podendo receber o viático, suplicou que lhe colocassem a Santa Hóstia sobre o peito. Assim que foi depositada, a hóstia desapareceu misteriosamente e Juliana morreu dizendo: "Meu doce Jesus". Ao ser preparada para a sepultura, encontrou-se sobre o seu coração a marca da hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse acontecimento, as religiosas da sua ordem trazem a imagem de uma hóstia no escapulário.

Oração
Ó fiel esposa de Jesus e humilde serva de Maria, Santa Juliana, vós que pela prática das mais heroicas virtudes, especialmente a virtude da penitência e do amor de Jesus no Santíssimo Sacramento, chegastes ao mais alto pico da perfeição cristã e merecestes ser alimentada milagrosamente com o Pão dos Anjos em vossa agonia, alcançai-me a graça de viver uma vida santa no exercício de cada dever cristão e de ser capaz de receber no momento da morte o conforto dos santos sacramentos, de modo a ir convosco para a bem-aventurada felicidade do céu. Amém.

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