domingo, 11 de junho de 2017

11 de junho - São Barnabé

Barnabé foi um dos primeiros cristãos mencionados no Novo Testamento. Seus pais, judeus helênicos lhe deram o nome de José,  mas quando ele vendeu todos os seus bens e deu o dinheiro aos apóstolos em Jerusalém, eles lhe deram um novo nome, Barnabé, que parece originar-se do aramaico  "o filho da consolação".
Em Atos 14:14, ele está listado à frente de Paulo, "Barnabé e Paulo", e ambos são chamados “apóstolos

Ele é um dos primeiros profetas e professores da igreja em Antioquia (Atos 13:1). Lucas fala dele como um "bom homem" (Atos 11:24). Sua tia era mãe de João Marcos (Colossenses 4:10), reconhecido como o autor do Evangelho de Marcos.
Barnabé era natural de Chipre, onde possuía terras (Atos 4:36-37), que vendeu, doando o dinheiro para a igreja em Jerusalém. Quando Paulo regressou a Jerusalém, depois de sua conversão, Barnabé o levou até os apóstolos (Atos 9:27). É possível que eles tenham estudado juntos na escola de Gamaliel.

A prosperidade da igreja em Antioquia levou os apóstolos e irmãos em Jerusalém a enviar Barnabé para lá a fim de supervisioná-la. Ele achou o trabalho tão extenso e pesado que foi para Tarso em busca de Paulo para ajudá-lo. Paulo retornou com ele para Antioquia e trabalhou com ele durante um ano inteiro (Atos 11:25-26). No final deste período, os dois foram enviados até Jerusalém com as contribuições que a igreja de Antioquia havia feito para os membros mais pobres da igreja de Jerusalém (Atos 11:28-30).

Pouco tempo depois eles voltaram, trazendo João Marcos com eles, e foram designados como missionários para a Ásia Menor. Visitaram Chipre e algumas das principais cidades da Panfília, Pisídia, e Licaônia (Atos 13:14). Depois da sua conversão, Paulo de Tarso começa a ganhar destaque. A partir daí, ao invés de "Barnabé e Paulo", como até então (11:30; 12:25; 13:2,7), agora lê-se "Paulo e Barnabé" (13:43,46,50; 14:20; 15:2,22,35). Paulo aparece numa pregação missionária (13:16; 14:8-9, 19-20), quando os moradores de Lídia o consideraram como Hermes, e Barnabé como Zeus (14:12).

Voltando dessa primeira viagem missionária a Antioquia, eles foram novamente enviados a Jerusalém para consultar com a igreja de lá quanto à relação dos gentios com a igreja (Atos 15:2; Gálatas 2:1). Segundo Gl. 2:9-10, foi feito um acordo entre eles e os apóstolos João e Pedro, ficando decidido que Paulo e Barnabé iriam, no futuro, pregar aos pagãos, não esquecendo os pobres de Jerusalém. Depois da questão ter sido resolvida, voltaram para Antioquia, levando o acordo do que ficaria conhecido Concílio de Jerusalém, segundo o qual gentios poderiam ser admitidos na igreja.

Tendo retornado para Antioquia e passado algum tempo lá (15:35), Paulo pediu a Barnabé para acompanhá-lo em outra viagem (15:36). Barnabé quis levar João Marcos novamente, mas Paulo não concordou (15:37-38). A disputa terminou com Paulo e Barnabé tomando rotas distintas. Paulo tomou Silas como seu companheiro, e ambos percorreram a Síria e a Cilícia; Barnabé, com seu primo mais novo João Marcos, foram para Chipre (15:36-41).

Segundo a Tradição, quando Barnabé foi à Síria e a Salamina pregando o evangelho, alguns judeus, tendo-se irritado com o seu extraordinário sucesso, caíram sobre ele quando estava pregando na sinagoga, arrastaram-no para fora e apedrejaram-no até a morte. Seu primo, João Marcos enterrou seu corpo em uma caverna, onde permaneceu até a época do imperador Zenão I, em 485 d.C. Seus restos mortais foram encontrados em 488. Seu túmulo se encontra no mosteiro construído em seu nome, em Salamina (Chipre).
Barnabé é venerado como o santo padroeiro de Chipre.


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