O Evangelho narra que, enquanto Jesus se
encontra à mesa, os fariseus e os seguidores de João Batista perguntam-lhe por
que motivo os seus discípulos não jejuam como eles. Jesus responde que os
convidados para as bodas não podem jejuar, enquanto o esposo estiver com eles;
jejuarão quando o esposo for tirado do meio deles. Ao dizê-lo, Cristo revela a
sua identidade de Messias, Esposo de Israel, vindo para as núpcias com o seu
povo. Aqueles que O reconhecem e O acolhem com fé estão em festa. No entanto,
Ele deverá ser rejeitado e morto precisamente pelos seus: naquele momento,
durante a sua paixão e a sua morte, chegará a hora do luto e do jejum.
Que nos sirva de guia e mestra Maria Santíssima
que, quando Jesus se dirigiu decididamente rumo a Jerusalém, para ali padecer a
Paixão, O seguiu com fé total. Como "odre novo", recebeu o
"vinho novo" trazido pelo Filho para as bodas messiânicas. E assim
aquela graça que Ela, com instinto de Mãe, tinha pedido para os esposos de
Caná, Ela mesma foi a primeira a recebê-la aos pés da Cruz, graça esta
derramada do Coração trespassado do Filho, encarnação do amor de Deus pela
humanidade
Papa Bento XVI – 26 de fevereiro
de 2006
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