Madre Paulina nasceu em Vígolo
Vattaro, na Itália no dia 16 de dezembro de 1865, sendo batizada com o
nome de Amábile. Filha de Antonio Napoleone Visintainer e Anna Pianezer. Com
apenas 10 anos emigrou com seus pais e irmãos para o Brasil, se estabelecendo
em Santa Catarina. Vários padres italianos já estavam na região, integrantes da
Companhia de Jesus. Várias vilas foram surgindo com nomes das cidades
italianas, como Nova Trento, Vigolo, Bezenello, Valsugana, entre outras. Em
1887 ficou órfã de mãe e cuidou da família até seu pai casar-se novamente.
A jovem Amábile participou da vida paroquial na
Capela de Nova Trento e foi encarregada de dar aulas de catecismo para as
crianças. Dedicava parte do seu tempo para cuidar de pessoas enfermas. Em 12 de
julho 1890, já formava um grupo que lhe ajudava a cumprir essa missão. Com a
aprovação do Bispo de Curitiba, D. José de Camargo Barros, a congregação
recebeu o nome de Filhas da Imaculada Conceição. Essa data é considerada como o
dia da fundação da obra de Madre Paulina.
Em dezembro do mesmo ano fizeram os votos
religiosos e Amábile Lucia Visintainer, recebeu o nome de Irmã Paulina do
Coração Agonizante de Jesus. O Instituto começou na extrema pobreza, as
primeiras Irmãs, além do cuidado dos doentes, dos órfãos e dos trabalhos da
paróquia, para sobreviver deveriam trabalhar na roça e na pequena indústria de
seda, muito conhecida, segundo a tradição trentinas.
Em 1903 foi eleita Superiora Geral. Depois da
fundação das Casas de Nova Trento e Vígolo, foi trabalhar em São Paulo,
seguindo o conselho do padre Luigi Maria Rossi, que era Pároco de Nova Trento
desde 1895 e naquele ano nomeado Superior da Residência de São Paulo. Pouco
tempo depois, na colina do Ipiranga junto a uma Capela ali existente, iniciou a
obra da "Sagrada Família" para abrigar os filhos de ex-escravo,
órfãos e velhos.
De 1909 deixa o cargo de Superiora Geral e
passa a viver na casa por ela fundada em Bragança Paulista. Foram 9 anos
difíceis. Em 1918, Madre Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com
pleno reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens
vocações da Congregação, que desde 1909 assumira o nome de "Irmãzinhas da
Imaculada Conceição". Viveu 33 anos como simples religiosa.
Madre Paulina faleceu em Ipiranga, São Paulo,
no dia 9 de julho de 1942. Em sua homenagem foi erguido o Santuário de Santa
Paulina, em Vígolo, Nova Trento, Santa Catarina.
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