São Gabriel Lalemant,
mártir canadense, nasceu em 03 de outubro de 1610 em Paris, na França, no seio
de uma distinta família, seu pai era um jurista e ele foi o terceiro de seis
filhos. Ele e mais quatro irmãos seguiram a vida religiosa.
Desde jovem ocultava uma
alma generosa e ardente, sob um aspecto frágil. Entrou na Companhia de Jesus em
1630 e pediu para ser enviado às missões da Nova Franca, antigo nome do Canadá,
o que lhe foi negado pela fragilidade de sua saúde.
Ordenado sacerdote em
1838, mais uma vez pediu permissão de seus superiores para empregar toda sua
vida a serviço dos indígenas, mas foi enviado para ensinar no colégio de
Moulins e depois no de Bugres.
Em 1646 pode realizar
seu maior desejo e em 20 de setembro chegou a Quebec. Seu tio, o qual era padre
e superior de toda a missão, conhecendo a natureza frágil e sensível do
sobrinho, reteve-o na cidade por dois anos até conceder-lhe um companheiro, o
Pe. João Brébeuf, enviando-os a aldeia de Santo Inácio, Hurânia.
Assim que chegou
aplicou-se a aprender a difícil língua e fez tamanho progresso que não
duvidaram que Deus quisesse realmente servir-se dele naquele lugar. Seu
martírio aconteceu em 1649, quando 1.200 iroqueses atacaram o assentamento de
Santo Inácio. Alguns sobreviventes escaparam para avisar a aldeia de Saint
Louis e 80 guerreiros lutaram para atrasar os iroqueses, e dentre esses 80
estavam os Padres Lalemant e Brébeuf que foram capturados, levados para a
missão próxima em Saint Ignace, foram torturados antes de serem mortos.
Os iroqueses
martirizam por horas a fio o pe. Brébeuf e depois, ainda mais cruelmente, o pe.
Gabriel Lalemant, começando às 6 h da tarde, prolongando-se por toda a noite
até a manhã seguinte nas mais cruéis torturas.
Em meio as terríveis
dores, Gabriel levantava seus olhos para os céus pedindo força e perseverança.
Quando os carrascos o viram a rogar aos céus, arrancaram-lhe os olhos e
colocaram carvões ardentes nas órbitas vazias. Por volta das 9 h da manhã, um
selvagem cansado de vê-lo sofrer, esmagou a sua cabeça com um golpe de machado,
abriu-lhe o peito, tirou-lhe o coração e bebeu o seu sangue: uma forma bárbara
de "apropriar-se" da coragem da vítima. Pe. Gabriel foi um dos oito
jesuítas a ser morto pelos iroqueses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário