Todos nós queremos,
no dia do julgamento, que o Senhor olhe para nós com benevolência, que o Senhor
se esqueça de muitas coisas ruins que fizemos na vida. E isto é justo, porque
somos filhos, e um filho espera isto do pai, sempre. Mas se julgares
constantemente os outros, com a mesma medida serás julgados: isto é claro.
Primeiro, o
mandamento, o fato: “Não julgueis para não ser julgados. Segundo, a medida será
a mesma que vós usais para com os irmãos. E depois o terceiro passo: olha-te no
espelho, mas não a fim de te maquilar para que não se vejam as rugas; não, não,
não é este o conselho! Pelo contrário, olha-te no espelho para te veres a ti
mesmo, como és. As palavras de Jesus são claras: Por que olhas para o cisco que está no olho do teu irmão e não te dás
conta da trave que está no teu? Ou como dirás ao teu irmão: “deixa que te tire
o cisco do olho” enquanto no teu há a trave?
Como nos qualifica o
Senhor quando fazemos isto? Uma só palavra: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás ver com
clareza para tirar o cisco do olho do teu irmão”. Na realidade, não deveria
surpreender a reação do Senhor que se altera; é muito forte, e parece também
que nos insulta: chama “hipócrita” quem julga os outros.
A razão é que quem
julga, coloca-se no lugar de Deus, considera-se Deus e duvida da palavra de
Deus. É precisamente o que a serpente convenceu os nossos pais a fazer: “Não,
não, Deus é um mentiroso, se vós comerdes disto, sereis como ele”. E eles
queriam colocar-se no lugar de Deus.
Por esta razão, é
muito feio julgar: deixemos o julgamento só a Deus, só a ele! A nós compete o
amor, a compreensão, rezar pelos outros quando vemos coisas que não são boas,
se serve também falar com eles para os admoestar se algo parece não estar no
caminho certo. De qualquer forma nunca julgar, nunca, porque se julgarmos será
hipocrisia.
Papa Francisco – 20 de julho de 2016
Hoje celebramos:
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