A Quaresma
recorda-nos que a existência cristã é um combate incessante, no qual devem ser
utilizadas as "armas" da oração, do jejum e da penitência. Lutar
contra o mal, contra qualquer forma de egoísmo e de ódio, e morrer para si
mesmos para viver em Deus é o itinerário ascético que cada discípulo de Jesus
está chamado a percorrer com humildade e paciência, com generosidade e perseverança.
O dócil seguimento do
Mestre divino torna os cristãos testemunhas e apóstolos de paz. Poderíamos
dizer que esta atitude interior nos ajuda a ressaltar melhor também qual deva
ser a resposta cristã à violência que ameaça a paz no mundo. Certamente não é a
vingança, nem o ódio, nem sequer a fuga num espiritualismo falso.
A resposta de quem
segue Cristo é ao contrário a de percorrer o caminho escolhido por Aquele que,
face aos males do seu tempo e de todos os tempos, abraçou decididamente a Cruz,
seguindo o caminho mais longo mas mais eficaz do amor.
Nas suas pegadas e
unidos a Ele, todos nós devemos comprometer-nos na oposição ao mal com o bem, à
mentira com a verdade, ao ódio com o amor. Na Encíclica Deus caritas est quis
apresentar este amor como o segredo da nossa conversão pessoal e eclesial.
Reevocando as palavras de Paulo aos Coríntios: "O amor de Cristo nos
constrange", realcei como "a consciência de que, n'Ele, o próprio
Deus Se entregou por nós até à morte, deve induzir-nos a viver, não mais para
nós mesmos, mas para Ele, para os outros".
Papa
Bento XVI – 01 de março de 2006
Hoje celebramos:
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