A viúva do
Evangelho é observada por Jesus no templo de Jerusalém, precisamente junto do
tesouro, onde o povo colocava as ofertas. Jesus vê que esta mulher lança no
tesouro duas moedinhas: então chama os discípulos e explica que o seu óbolo é maior
do que o dos ricos, porque, enquanto eles dão o supérfluo, a viúva ofereceu tudo
o que tinha, tudo o que lhe servia para viver.
Deste episódio
bíblico, pode-se obter um precioso ensinamento sobre a fé. Ela é vista como
atitude interior de quem funda a própria vida em Deus, na sua Palavra, e confia
totalmente n’Ele. Por isso, na Bíblia, as viúvas e os órfãos são pessoas das
quais Deus se ocupa de modo especial: perderam o apoio terreno, mas Deus
permanece o Esposo delas, o seu Pai. Contudo a escritura diz que a condição
objetiva de necessidade, neste caso o fato de ser viúva, não é suficiente: Deus
pede sempre a nossa livre adesão de fé, que se expressa no amor por Ele e pelo
próximo.
Ninguém é tão pobre
que não possa dar algo. E de fato, a nossa viúva de hoje demonstra a sua fé
cumprindo um gesto de caridade: dando esmola. Confirma assim a unidade
inseparável entre fé e caridade, assim como entre o amor de Deus e o amor ao
próximo.
O Papa são Leão
Magno, afirma quanto segue: Na balança da justiça divina não se pesa a
quantidade dos dons, mas o peso dos corações. A viúva do Evangelho depositou no
tesouro do templo duas moedas de pouco valor e superou os dons de todos os
ricos. Nenhum gesto de bondade está privado de sentido diante de Deus, nenhuma
misericórdia permanece sem fruto.
A Virgem Maria é
exemplo perfeito de quem oferece a si mesmo confiando em Deus; com esta fé ela
disse ao Anjo: “Eis-me” e acolheu a vontade do Senhor. Maria ajude também cada
um de nós a fortalecer a confiança em Deus e na sua Palavra.
Papa
Bento XVI – 11 de novembro de 2012
Hoje celebramos:
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