Nesta Parábola
Jesus indica a atitude de abnegação que deve caracterizar a hospitalidade. Ele
diz assim: “Quando ofereceres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os
coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não podem retribuir-te”. Trata-se de
escolher a gratuidade, em vez do cálculo oportunista que deseja alcançar uma
recompensa, que busca o interesse e que procura enriquecer-se ulteriormente.
Com efeito os pobres, os simples e aqueles que não contam nunca poderão
retribuir o convite para uma ceia.
Assim Jesus
demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos, que são os privilegiados
do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do Evangelho, que consiste em
servir o próximo por amor a Deus.
Hoje Jesus faz-se
voz de quantos não a têm, dirigindo a cada um de nós um apelo urgente a abrir o
coração e a fazer nossos os sofrimentos e os anseios dos pobres, famintos,
marginalizados, refugiados, derrotados da vida e daqueles que são descartados
pela sociedade e pela prepotência dos mais fortes. E na realidade estes
descartados representam a esmagadora maioria da população.
Neste momento,
penso com gratidão nos refeitórios onde tantos voluntários oferecem o próprio
serviço, dando de comer a pessoas sozinhas, deserdadas, desempregadas ou desabrigadas.
Estes refeitórios e outras obras de misericórdia — como visitar os doentes, os
presos... — são escolas de caridade que propagam a cultura da gratuidade,
porque aqueles que aí trabalham são impelidos pelo amor a Deus e iluminados
pela sabedoria do Evangelho. Assim o serviço aos irmãos torna-se testemunho de
amor, que torna crível e visível o amor de Cristo.
Peçamos à Virgem
Maria que nos conduza todos os dias pelo caminho da humildade, Ela que foi
humilde durante a sua vida inteira, e que nos torne capazes de fazer gestos
gratuitos de acolhimento e de solidariedade a favor dos marginalizados, para
nos tornarmos dignos da recompensa divina.
Papa
Francisco – 28 de agosto de 2016
Hoje celebramos:
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