A Igreja celebra
a Apresentação de Nossa Senhora no Templo e, por isso, também realiza a “Jornada
Pro Orantibus”, dia em que os fiéis são convidados a dar graças ao
Senhor por aqueles e aquelas que entregam sua vida a Deus nos
conventos de clausura.
Segundo a tradição,
a menina Maria foi levada ao Templo por seus pais para que integrasse o grupo
de donzelas que ali eram consagradas a Deus e instruídas na piedade.
Segundo o
“Protoevangelho de São Tiago”, uma fonte cristã que não está incluída no Canon
da Bíblia, a Virgem foi recebida pelo sacerdote, que a abençoou e exclamou: “O
Senhor engrandeceu seu nome por todas as gerações, pois ao fim dos tempos
manifestará em ti sua redenção aos filhos de Israel”.
No século VI já se
celebrava esta Festa no Oriente. Em 1372, o Papa Gregório XI a introduziu em
Avignon e, posteriormente, o Papa Sisto V a estendeu a toda a Igreja.
Em 21 de novembro
de 1953, o Papa Pio XII instituiu este dia como a “Jornada Pro Orantibus”, com
o objetivo de orar pelas religiosas e religiosos de clausura, e dar a conhecer
seu importante papel na Igreja e no mundo
Ao recordar esta
data em 2015, o Papa Francisco pediu “que não falte a nossa proximidade
espiritual e material para que as comunidades de clausura possam realizar sua
importante missão, na oração e no silêncio operoso”.
Mas o que é a vocação monástica? Como se vive em
clausura?
A monja Escolástica
Ottoni de Mattos, da Abadia Santa Maria, em São Paulo, explica que, no fundo, a
vocação monástica é uma vocação de todo ser humano, pois é a vocação de buscar
a Deus.
No entanto, ela
explica que os monges e monjas buscam a Deus de uma maneira mais concreta: "Vivendo
num Mosteiro e tendo como característica principal o Ofício Divino, que é o
louvor de Deus".
A religiosa conta
que, em seu Mosteiro, as monjas levantam às 4h30 e, durante todo o dia,
participam de sete Ofícios Divinos, nos quais cantam os salmos e leem a Sagrada
Escritura e os escritos dos padres da Igreja.
Sobre a vivência em
clausura, monja Escolástica diz que ela não significa uma ruptura do mundo, mas
sim um afastamento para viver uma melhor comunhão. "Nós temos uma comunhão com
as pessoas que estão no mundo, rezamos pelo mundo, às vezes damos orientação
espiritual, as pessoas vêm se aconselhar conosco".
Ela explica ainda
que as monjas podem sair do mosteiro para as necessidades básicas, como ir ao
mercado, médico e dentista. Entretanto, afirma que uma vida de clausura é
essencial. "Não existe uma vida de oração sem um mínimo de
recolhimento", ressalta.
Hoje celebramos:
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