quarta-feira, 21 de novembro de 2018

21 de novembro - Jornada Pro Orantibus


A Igreja celebra a Apresentação de Nossa Senhora no Templo e, por isso, também realiza a “Jornada Pro Orantibus”, dia em que os fiéis são convidados a dar graças ao Senhor por aqueles e aquelas que entregam sua vida a Deus nos conventos de clausura.

Segundo a tradição, a menina Maria foi levada ao Templo por seus pais para que integrasse o grupo de donzelas que ali eram consagradas a Deus e instruídas na piedade.

Segundo o “Protoevangelho de São Tiago”, uma fonte cristã que não está incluída no Canon da Bíblia, a Virgem foi recebida pelo sacerdote, que a abençoou e exclamou: “O Senhor engrandeceu seu nome por todas as gerações, pois ao fim dos tempos manifestará em ti sua redenção aos filhos de Israel”.
No século VI já se celebrava esta Festa no Oriente. Em 1372, o Papa Gregório XI a introduziu em Avignon e, posteriormente, o Papa Sisto V a estendeu a toda a Igreja.

Em 21 de novembro de 1953, o Papa Pio XII instituiu este dia como a “Jornada Pro Orantibus”, com o objetivo de orar pelas religiosas e religiosos de clausura, e dar a conhecer seu importante papel na Igreja e no mundo

Ao recordar esta data em 2015, o Papa Francisco pediu “que não falte a nossa proximidade espiritual e material para que as comunidades de clausura possam realizar sua importante missão, na oração e no silêncio operoso”.

Mas o que é a vocação monástica? Como se vive em clausura?

A monja Escolástica Ottoni de Mattos, da Abadia Santa Maria, em São Paulo, explica que, no fundo, a vocação monástica é uma vocação de todo ser humano, pois é a vocação de buscar a Deus.

No entanto, ela explica que os monges e monjas buscam a Deus de uma maneira mais concreta: "Vivendo num Mosteiro e tendo como característica principal o Ofício Divino, que é o louvor de Deus".

A religiosa conta que, em seu Mosteiro, as monjas levantam às 4h30 e, durante todo o dia, participam de sete Ofícios Divinos, nos quais cantam os salmos e leem a Sagrada Escritura e os escritos dos padres da Igreja.

Sobre a vivência em clausura, monja Escolástica diz que ela não significa uma ruptura do mundo, mas sim um afastamento para viver uma melhor comunhão. "Nós temos uma comunhão com as pessoas que estão no mundo, rezamos pelo mundo, às vezes damos orientação espiritual, as pessoas vêm se aconselhar conosco".

Ela explica ainda que as monjas podem sair do mosteiro para as necessidades básicas, como ir ao mercado, médico e dentista. Entretanto, afirma que uma vida de clausura é essencial. "Não existe uma vida de oração sem um mínimo de recolhimento", ressalta. 

Hoje celebramos: 




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