Lanceloti Avelino
nasceu no ano 1520, em Castelnuovo, uma província que pertencia ao então reino
de Nápoles. Os pais, João e Margarida, muito religiosos, criaram o filho dentro
dos ensinamentos de Cristo. Na época oportuna, enviaram o pequeno Lanceloti para
estudar com o tio, pároco da vizinha Senise. Lá ele começou sua vida religiosa
exercitando-se no apostolado catequético dos jovens da cidade. Em 1545, já era
um sacerdote.
Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico.
Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico.
Prosseguiu o seu
apostolado como auxiliar do vigário geral de Nápoles, sendo um exemplo pela
humildade, disciplina e dedicação total à caridade, atendendo com amor os
pobres e doentes. Só deixou de rezar seis horas por dia quando recebeu a
incumbência de vigiar os conventos teatinos, que estavam submetidos à
arquidiocese a que pertencia. Além disso, tornou-se evangelizador e confessor
de Nápoles e de cidades vizinhas.
O Padre Lanceloti,
cuja virtude já era admirada por muitos, foi então escolhido para reformar um
convento de monjas decadentes, que viviam em total desordem. Pacientemente,
começou a combater o relaxamento e a incentivar a prática da virtude, coibindo
os abusos, principalmente a visita assídua de seculares ao convento. Aos poucos
foi ganhando aqueles corações entibiados e reacendendo neles o fogo do amor de
Deus. O convento passou a ser a admiração da cidade pelo seu fervor e desejo de
virtude.
Mas nem todos
ficaram edificados. Alguns jovens não gostaram de se verem privados das visitas
ao convento; para se vingar do jovem reformador, contrataram um sicário que
desferiu no Padre Lanceloti vários golpes de espada sobretudo no rosto,
deixando-o estendido numa poça de sangue. Felizmente, nenhuma ferida foi
mortal, e ele recuperou-se milagrosamente sem ficar mesmo com qualquer cicatriz
na face.
No exercício da
profissão, assistindo a defesa de um sacerdote, no fogo e veemência com que
falava, deixou escapar, na defesa, uma mentira artificiosa. Esse episódio,
aparentemente de pouca monta, foi a ocasião que a Providência quis servir-se
para atraí-lo a uma vida mais perfeita. Chegando em casa e rememorando o fato,
pegou as Sagradas Escrituras e, abrindo-as ao acaso, deparou exatamente com as
palavras do Livro da Sabedoria “a boca que mente dá morte à alma”. Seu
arrependimento e sua dor foram tão grandes que resolveu abandonar o mundo e
entrar na Ordem dos Teatinos, fundada havia 30 anos por São Caetano de Tiene, e
que visava especialmente a reforma do Clero. Tinha ele então 35 anos de idade.
Por amor à Cruz,
Lanceloti, ao vestir o hábito tomou o nome de André Avelino, em honra ao
Apóstolo André, nela martirizado.
Seu desejo de perfeição era tão grande que, inspirado pela Providência, além
dos três votos normais de obediência, pobreza e castidade, fez mais dois votos
heroicos: o de negar em tudo a própria vontade e o de adquirir novo grau de
virtude a cada dia.
Apenas feita a
profissão religiosa, pediu licença aos superiores para ir até Roma visitar o
túmulo dos Apóstolos e dos mártires e ganhar as indulgências devidas.
Ao voltar a
Nápoles, foi-lhe dado o cargo de Mestre de Noviços, que ele exerceu por 10 anos
com suma prudência e caridade, o que fez com que o escolhessem para Superior.
Durante toda a vida, dedicou-se aos pobres, encarcerados e agonizantes, sendo também diretor espiritual. Mas ainda se achava pecador e pedia mais sofrimento a Deus em suas orações.
Morreu no dia 10 de novembro em 1608, acometido por um ataque quando se aproximava do altar para a celebração da missa. Foi canonizado pelo papa Clemente VI. Santo André Avelino é invocado pelos devotos como protetor contra a morte repentina.
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