O Senhor nos fala
de um homem que ofereceu um grande jantar e convidou muitas pessoas. Mas os
primeiros convidados não quiseram ir ao jantar, não se importavam com o jantar
nem com as pessoas que lá estariam, nem com o Senhor que os convidava: eles importavam-se
com outras coisas.
E de fato um a um começaram
a desculpar-se. Assim o primeiro disse-lhe: “Comprei um campo”; o outro:
“Comprei cinco parelhas de bois”; outro: “Casei-me”; mas cada um tinha o
próprio interesse mais importante que o convite. O fato é que eles estavam
apegados ao interesse: o que posso lucrar? Portanto, a um convite gratuito a
resposta foi: Não me importa, talvez outro dia, estou muito ocupado, não posso
ir. Ocupado mas com os próprios interesses.
Estas pessoas estão
apegadas ao interesse a tal ponto que caem numa escravidão do espírito e são incapazes
de entender a gratuidade do convite. Mas se não compreendermos a gratuidade do
convite de Deus nada compreenderemos. Com efeito, a iniciativa de Deus é sempre
gratuita: para ir a este banquete quanto devo pagar? O ingresso é ser doente,
pobre, pecador. Precisamente este é o ingresso: ser carente tanto no corpo como
na alma. E por carente, entende-se precisar de cuidado, de cura, de amor.
Aqui veem-se os
dois comportamentos. O de Deus é sempre gratuito: para salvar Deus nada cobra,
é gratuito. E também, “universal”, no sentido de que ao servo o patrão “irado”
diz: Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os
pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
O fato é que não
compreende a gratuidade da salvação, pensa que ela é fruto do “eu pago e tu salvas-me”:
pago com isto, com aquilo. Mas não, a salvação é gratuita. E se não entras
nessa dinâmica da gratuidade nada compreenderás.
Papa
Francisco – 07 de novembro de 2017
Hoje celebramos:
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