Ser missionário! Esse era o maior desejo do jovem Augusto. Partindo da França para a longínqua China no século XIX, enfrentou todos os perigos para evangelizar, anunciar Jesus. Espancado inúmeras vezes não vacilou na fé, entregou-se totalmente, dando a vida por amor ao Senhor da Vida.
Santo
Augusto Chapdelaine nasceu em 1814 em Coutances (França). Seus pais
tiveram nove filhos e trabalhavam em uma pequena fazenda da família. Augusto
desde cedo se distinguiu por sua piedade e generosidade. No trabalho de
campo, ele trabalhava por quatro. A morte arrebatou dois de seus irmãos. Isso
minimizou os braços no trabalho e a família foi forçada a dividir a
propriedade. Então Augusto pode satisfazer seu desejo de abraçar o
sacerdócio. Em 1844, foi nomeado pároco e seu zelo efetuou maravilhas no
meio de seus paroquianos.
Em
1851 ele se sentiu chamado a missões estrangeiras e após um curto período de
preparação na Casa das Missões Estrangeiras de Paris, partiu para a China. Depois
de mil aventuras perigosas, ele chegou ao local em que seus superiores lhe
tinham enviado, tinha 38 anos de idade.
Na China a religião cristã era proibida e era perseguida em maior ou menor intensidade dependendo do Mandarim de cada província. Em
dezembro de 1854, ele foi denunciado, por ciúmes, ao Mandarim (rei) da região por
um homem ter se convertido. Ele foi preso e passou alguns dias de
ansiedade na prisão, mas o Mandarim se mostrou bondoso e não lhe causou dano
algum. Padre Chapdelaine voltou com mais impulso à sua obra apostólica,
realizando muitas conversões, apesar de seu conhecimento imperfeito da língua.
Mas
algum tempo depois, um novo Mandarim substituiu o primeiro. Padre
Chapdelaine foi denunciado pela segunda vez e feito prisioneiro, com alguns dos
seus cristãos.
Suas
respostas corajosas provocaram a ira dos juízes que o condenaram a ser chicoteado. O
mártir ficou meio surdo, como resultado da punição, mas não pronunciou qualquer
queixa ou protesto e um ou dois dias depois, milagrosamente tese sua saúde restaurada.
O
Mandarim, acreditando que sua cura foi devido a mágica, ordenou que o padre
fosse banhado no sangue de um cão para cancelar o feitiço.
A
segunda vez que o Padre Chapdelaine apareceu perante os juízes, foi condenado a
três centenas de golpes na cara com uma espécie de sola de couro pesada; na
prova, ele perdeu vários dentes e teve a mandíbula quebrada.
Finalmente,
os juízes deram a entender que o iriam liberar pelo pagamento de 1.000 taels, ou mesmo de 300, mas os cristãos
não conseguiram recolher esse valor.
Assim, tendo se recusado a renunciar à sua fé, os juízes condenaram-no a morrer por asfixia lentamente numa pequena caixa de ferro no dia 29
de Fevereiro de 1856, em Xilin (Guangxi). Depois de morto, foi ainda
decapitado e o seu corpo dado aos cães como alimento. Do seu pescoço brotaram três fluxos de sangue,
o que convenceu a todos os presentes da presença de Deus nele.
Foi
beatificado em 27 de maio de 1900 pelo
Papa Leão XIII e o Papa João Paulo II o canonizou em 01 de outubro de
2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário