Numa certa tarde, como
faziam todos os dias nas horas canônicas, os monges estavam reunidos ouvindo as
lições do dia durante.
São Jerônimo estava entre
eles e ouvia atento. De repente, todos perceberam que um leão se aproximava.
Foi uma correria geral. São Jerônimo manteve a calma: foi o único. Ele
levantou-se e foi encontrar-se com aquele hospede não convidado...
Era um animal enorme que
usava somente três patas para caminhar. A quarta pata ele a trazia levantada.
Claro que o leão não poderia falar, mas dava a impressão de querer comunicar
alguma coisa e ofereceu a Jerônimo a pata que trazia levantada. O monge a examinou
e percebeu que o animal estava gravemente ferido.
Jerônimo chamou o menos
medroso dos monges para ajudá-lo a limpar e cuidar do ferimento que estava em
carne viva, infeccionado e ainda cheio de espinhos. Jerônimo tratou do animal,
retirou-lhe os espinhos e o medicou com ungüentos. O animal sarou.
Os cuidados oferecidos ao
animal amansaram a "besta fera". O leão passou, então a caminhar
pacificamente pelo mosteiro. Onde estivesse São Jerônimo, junto estava o animal
que se comportava como um animal doméstico.
Jerônimo mostrou aos monges
uma primeira lição do episódio: "Pensem sobre isto e vocês poderão
encontrar lições de vida. Eu creio que não foi tanto para a cura de sua pata
que Deus o enviou até nós, pois, o leão se curaria sem a nossa ajuda. Deus nos
enviou esse leão para mostrar quanto a Providencia estava ansiosa para nos
prover do que necessitamos para nosso bem."
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