quinta-feira, 15 de março de 2018

15 de março - Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. Jo 15,36


Jesus disse que João era a lâmpada. Mas, explicou, ele era a lâmpada mas não a luz, o facho que indicava onde estava a luz, lâmpada que indica onde está a luz, dá testemunho da luz. Do mesmo modo, João era a voz, a ponto que ele mesmo diz de si: “Eu sou a voz que brada no deserto”. Mas não era a Palavra, de fato ele era a voz que dá testemunho da Palavra, indica a Palavra, o Verbo de Deus. Era apenas voz.

João é o provisório e Jesus é o definitivo. João é o provisório que indica o definitivo. Mas a grandeza de João consiste precisamente neste ser provisório, neste seu ser para. Um homem sempre com o dedo ali, a indicar outro. Com efeito, lê-se no Evangelho que o povo se questionava se João era o Messias. E ele, claro: “Não sou eu”.

É precisamente esta a imagem mais eloquente que nos diz quem foi João Batista, o seu testemunho provisório mas seguro, forte, o seu ser tocha que não se deixou apagar pelo vento da vaidade e voz que não se deixou diminuir pela força do orgulho.
Por isso João é grande, porque se põe sempre de lado. Ele, explicou Francisco, é grande porque é humilde e toma o caminho do abaixar-se, aniquilar-se, o mesmo que tomará Jesus em seguida. E também nisto oferece um grande testemunho: abre aquele caminho da aniquilação, do esvaziamento de si mesmo que foi o de Jesus.

É um dia bom para se perguntar se a própria vida cristã sempre abriu o caminho a Jesus, se a própria vida foi cheia daquele gesto: indicar Jesus. É preciso, agradecer todas as vezes que isto foi feito, mas também recomeçar. Recomeçar sempre, e dar de novo um passo em frente para continuar a ser testemunha de Jesus.

 Papa Francisco - 16 de dezembro de 2016

Hoje celebramos:


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