quinta-feira, 1 de março de 2018

01 de março - Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Lc 16,24


Na segunda parte da parábola, encontramos Lázaro e o homem rico após a morte. Daqui em diante a situação se inverte: Lázaro foi levado pelos anjos ao céu a Abraão, o rico se precipita em meio aos tormentos. Em seguida, o rico “olhou para cima e viu ao longe Abraão, e Lázaro ao seu lado.
Ele parece ver Lázaro pela primeira vez, mas suas palavras o contradizem: “Pai Abraão, diz – tenha misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar a ponta do seu dedo e me refrescar a língua, porque estou atormentado nesta chama”. Agora o rico reconhece Lázaro e pede ajuda, enquanto em vida, fingia não vê-lo.

Quantas vezes as pessoas fingem não ver os pobres! Para eles, os pobres não existem. Antes negou-lhe até mesmo as sobras de sua mesa e agora pede o que beber! Ainda assim, ele acredita que pode reivindicar direitos por sua condição social. Declarando impossível atender seu pedido, o próprio Abraão fornece a chave de toda a história: ele explica que o bem e o mal foram distribuídos para compensar a injustiça terrena, e a porta que separava em vida o rico o pobre, é transformada em “um grande abismo.” Enquanto Lázaro estava em sua casa, para o rico havia uma chance de salvação, abrir a porta, ajudar Lázaro, mas agora que estão mortos, a situação se tornou irreparável.

Deus não foi nunca chamado diretamente, mas a parábola adverte claramente: a misericórdia de Deus para conosco é proporcional à nossa misericórdia para com o próximo. Quando esta falta, quando não tem lugar no nosso coração fechado, ela não pode entrar. Se eu não escancarar a porta do meu coração aos pobres, a porta está fechada. Mesmo para Deus. E isso é terrível.

Papa Francisco – 18 de maio de 2016

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