domingo, 4 de março de 2018

04 de março - Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! Jo 2,16


Jesus quando expulsa aqueles que comerciavam no templo: purifica o templo. Assim o Senhor torna o templo como deve ser: puro, só para Deus e para o povo que vai rezar. Mas como podemos purificar o templo de Deus? A resposta está em três palavras que podem ajudar-nos a compreender. Primeira: vigilância; segunda: serviço; terceira: gratuidade.

Portanto, vigilância é a primeira palavra: Não só o templo físico, os edifícios são os templos de Deus: o mais importante templo de Deus é o nosso coração, a nossa alma. A ponto que São Paulo diz: Sois templo do Espírito Santo. Portanto, o Espírito Santo habita em nós.
E por isso a primeira palavra proposta é vigilância. Eis algumas perguntas para um exame de consciência: O que acontece no meu coração? Dentro de mim? Como me comporto com o Espírito Santo? O Espírito Santo é um dos muitos ídolo que conservo dentro de mim ou cuido do Espírito Santo? Aprendi a vigiar dentro de mim, a fim de que o templo no meu coração seja só para o Espírito Santo?

Eis a importância de purificar o templo interior e vigiar. Está atento, está atenta: o que acontece no teu coração? Quem vem quem vai... quais são os teus sentimentos, as tuas ideias? Falas com o Espírito Santo? Ouves o Espírito Santo? Trata-se contudo de vigiar: estar atento ao que acontece no nosso templo, dentro de nós.

A segunda palavra é serviço. Jesus faz-nos compreender que ele está presente de modo especial no templo dos necessitados. E diz claramente: está presente nos doentes, nos que sofrem, nos famintos, nos presos, está presente neles. Também para a palavra serviço temos algumas perguntas para serem formuladas a nós mesmos: Sei conservar aquele templo? Cuido do templo com o meu serviço? Aproximo-me para ajudar, vestir, consolar os que precisam?

E a terceira palavra que me vem à mente lendo o Evangelho é gratuidade. Jesus diz: A minha casa será casa de oração. Vós, ao contrário, fizestes dela um covil de ladrões. Tendo em mente as palavras do Senhor, quantas vezes com tristeza entramos num templo, numa paróquia, num episcopado, e não sabemos se estamos na casa de Deus ou num supermercado: há ali os mercadores, até com uma lista dos preços para os sacramentos e falta a gratuidade. Contudo, Deus salvou-nos gratuitamente, nada nos cobrou. Alguém poderia objetar que devemos ter dinheiro para manter a estrutura e para dar de comer aos sacerdotes, aos catequistas. A resposta do Pontífice foi clara: Tu dá gratuitamente e Deus providenciará o resto, providenciará o que falta.

Papa Francisco – 24 de novembro de 2017

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