Por detrás desta repreensão há um pranto, porque Jesus está entristecido
por ser rejeitado, por não ser recebido. O Senhor gosta deste povo, mas
sente-se consternado. Portanto por detrás da reprovação está o pranto de Jesus.
Com efeito, Jesus queria chegar a todos os corações, com uma mensagem que não
era ditatorial, mas de amor. E Jesus chorou, porque esta gente não foi capaz de
amar.
Em vez de Corazin, Betsaida e Cafarnaum, coloquemos nós, eu que recebi
tanto do Senhor. Cada um de nós. Cada um pense na própria vida. O que recebi do
Senhor. Nasci numa sociedade cristã, conheci Jesus Cristo, conheci a salvação,
fui educado, educada na fé. E com quanta facilidade me esqueço, e deixo passar
Jesus. Uma atitude que contrasta com aquela de outras pessoas que ouvem o
anúncio de Jesus, imediatamente se convertem e o seguem. Ao contrário, nós
estamos “habituados”. E este hábito faz-nos mal, porque reduzimos o Evangelho a
um fato social, sociológico, e não a uma relação pessoal com Jesus.
É por isso que Jesus chora por cada um de nós quando vivemos o
cristianismo formal e não realmente.
Cada um de nós pense: “Sou Corazin? Sou Betsaida? Sou Cafarnaum?” Se Jesus
chora, peçamos a graça de chorarmos também nós: “Mas, Senhor, tu deste-me tanto.
O meu coração está tão duro que não te deixa entrar. Senhor, pequei de
ingratidão, sou um ingrato, uma ingrata”. Seja esta a oração de hoje. E abramos
o coração, e peçamos ao Espírito Santo que nos escancare as portas do coração,
para que Jesus possa entrar, a fim de que não só ouçamos Jesus, mas ouçamos e
recebamos a sua mensagem de salvação e demos graças por tantas coisas boas que
fez por cada um de nós.
Papa Francisco – 05 de
outubro de 2018
Hoje celebramos:
São Camilo de Léllis
Beato Michel Ghebre
Beato Gaspar Bono
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