Hoje, no Evangelho, o
Senhor sopra sobre os seus discípulos. Ele concede-lhes o seu Espírito o
Espírito Santo: "Àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados..." O Espírito de Jesus
Cristo é poder de perdão. É poder da Divina Misericórdia. Concede a
possibilidade de iniciar de novo sempre de novo. A amizade de Jesus Cristo é
amizade d'Aquele que faz de nós pessoas que perdoam, d'Aquele que perdoa também
a nós, nos alivia continuamente da nossa debilidade e precisamente assim,
infunde em nós a consciência do dever interior de amar, do dever de
corresponder à sua confiança com a nossa fidelidade.
Narra também o
encontro do apóstolo Tomé com o Senhor ressuscitado: ao apóstolo é concedido
que toque nas suas feridas para assim o reconhecer e reconhece-o, além da
identidade humana do Jesus de Nazaré, na sua verdadeira e mais profunda
identidade: "Meu Senhor e meu
Deus!" O Senhor levou consigo na eternidade as suas feridas. Ele é um
Deus ferido; deixou-se ferir por amor para conosco. As feridas são para nós o
sinal de que Ele nos compreende e de que se deixa ferir pelo amor para conosco.
Estas suas feridas como podemos nós tocá-las na história deste nosso tempo! De
fato, Ele deixa-se ferir sempre de novo por nós. Que certeza da sua
misericórdia e que conforto elas significam para nós! E que segurança nos dão
sobre o que Ele é: "Meu Senhor e
meu Deus!"
As misericórdias de
Deus acompanham-nos dia após dia. É suficiente que tenhamos o coração vigilante
para as poder sentir. Somos demasiado inclinados para sentir apenas a fadiga
quotidiana que, como filhos de Adão, nos foi imposta. Mas se abrirmos o nosso
coração, então podemos, mesmo imersos nela, ver também continuamente quanto
Deus é bom conosco; como Ele pensa em nós nas pequenas coisas, ajudando-nos
assim a alcançar as grandes.
Papa
Bento XVI – 15 de abril de 2007
Hoje celebramos:
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