Ressuscitou Cristo, minha esperança!
A todos chegue a voz
jubilosa da Igreja, com as palavras de Maria Madalena, a primeira que encontrou
Jesus ressuscitado na manhã de Páscoa. Ela correu ao encontro dos outros
discípulos e, emocionada, anunciou-lhes: “Vi
o Senhor!”
Hoje também nós,
depois de termos atravessado o deserto da Quaresma e os dias dolorosos da
Paixão, damos largas ao brado de vitória: “Ressuscitou!
Ressuscitou verdadeiramente!”
Todo o cristão revive
a experiência de Maria Madalena. É um encontro que muda a vida: o encontro como
um Homem único, que nos faz sentir toda a bondade e a verdade de Deus, que nos
liberta do mal, não de modo superficial e passageiro, mas liberta-nos
radicalmente, cura-nos completamente e restitui-nos a nossa dignidade. Eis o
motivo por que Madalena chama Jesus minha esperança: porque foi Ele que a fez
renascer, que lhe deu um futuro novo, uma vida boa, liberta do mal.
“Cristo minha esperança” significa que
todo o meu desejo de bem encontra n’Ele uma possibilidade de realização: com
Ele, posso esperar que a minha vida se torne boa e seja plena, eterna, porque é
o próprio Deus que Se aproximou até ao ponto de entrar na nossa humanidade.
Entretanto Maria Madalena,
tal como os outros discípulos, teve de ver Jesus rejeitado pelos chefes do
povo, preso, flagelado, condenado à morte e crucificado. Deve ter sido
insuportável ver a Bondade em pessoa sujeita à maldade humana, a Verdade
escarnecida pela mentira, a Misericórdia injuriada pela vingança. Com a morte
de Jesus, parecia falir a esperança de quantos confiavam n’Ele.
Mas eis que, ao
alvorecer do dia depois do sábado, encontram vazio o sepulcro. Depois Jesus
manifesta-Se a Madalena, às outras mulheres, aos discípulos. A fé renasce mais
viva e mais forte do que nunca, e já invencível porque fundada sobre uma
experiência decisiva.
Papa
Bento XVI – 08 de abril de 2012
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