O Sábado Santo distingue-se
por um profundo silêncio. As Igrejas estão sem ornamentos e não são previstas
particulares liturgias.
Enquanto aguardam o
grande acontecimento da Ressurreição, os crentes perseveram com Maria na
expectativa rezando e meditando.
De fato, há
necessidade de um dia de silêncio, para meditar sobre a realidade da vida
humana, sobre as forças do mal e sobre a grande força do bem que brota da
Paixão e da Ressurreição do Senhor.
É atribuída grande
importância neste dia à participação no Sacramento da reconciliação, caminho
indispensável para purificar o coração e predispor-se para celebrar intimamente
renovados a Páscoa. Pelo menos uma vez por ano precisamos desta purificação
interior, desta renovação de nós mesmos.
Este Sábado de
silêncio, de meditação, de perdão, de reconciliação desemboca na Vigília
Pascal, que introduz o domingo mais importante da história, o Domingo da
Páscoa de Cristo.
A Igreja vela ao lado
do novo fogo abençoado e medita a grande promessa, contida no Antigo e no Novo
Testamento, da libertação definitiva da antiga escravidão do pecado e da morte.
Na escuridão da noite o círio pascal, símbolo de Cristo que ressuscita
glorioso, é aceso pelo fogo novo. Cristo, luz da humanidade, afasta as trevas
do coração e do espírito e ilumina cada homem que vem ao mundo.
Ao lado do círio
pascal ressoa na Igreja o grande anúncio pascal: verdadeiramente Cristo ressuscitou,
a morte já não tem poder algum sobre Ele.
Com a sua morte Ele
derrotou o mal para sempre e fez dom a todos os homens da própria vida de Deus.
Por uma antiga tradição, durante a Vigília Pascal, os catecúmenos
recebem o Batismo, para ressaltar a participação dos cristãos no mistério da
morte e da ressurreição de Cristo. Da resplandecente noite de Páscoa, a
alegria, a luz e a paz de Cristo irradiam-se na vida dos fiéis de cada
comunidade cristã e alcançam todos os pontos do espaço e do tempo.
Papa Bento XVI – 19 de março
de 2008
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