quinta-feira, 11 de abril de 2019

11 de abril - Beato Sinforiano Ducki


Beato Sinforiano Ducki nasceu no dia 10 de maio de 1888 em Varsóvia. Os seus pais chamavam-se Julião Ducki e Mariana Lenardt. No batismo, celebrado no dia 27 de maio, recebeu o nome Félix (Feliks). Quando criança frequentou a escola elementar na sua cidade natal.
Em 1918, quando os Capuchinhos regressaram ao seu Convento, donde foram expulsos durante a perseguição Czarista de 1864, Félix apresentou-se como um aspirante à vida da Ordem Capuchinha, juntando-se a eles. No dia 9 de maio de 1920, depois de dois anos de prova, entrou no noviciado em Nowe Miasto, com o nome de Sinforiano. Terminado o ano do noviciado, dedicou-se ao serviço dos irmãos nos Conventos de Varsóvia, de 27 de maio de 1924 até à sua profissão solene que ocorreu no dia 22 de maio de 1925.

Em Varsóvia, exerceu o ofício de irmão esmoleiro empenhando-se, sobretudo, em recolher donativos para a construção do Seminário Menor de São Fidelis. De caráter sociável, simples, cortês e amistoso, conquistava com facilidade a amizade das pessoas e conseguia novos amigos para a Ordem. Não obstante a sua vida muito ativa entre as pessoas, não perdeu o espírito de oração devota e fervorosa. Era conhecido e estimado pelos habitantes da capital.

Ao começar a Segunda Guerra Mundial, preocupou-se com que não faltasse o necessário, até que, no dia 27 de junho de 1941, a Gestapo prendeu todos os Capuchinhos do Convento da capital. No início, Frei Sinforiano foi internado na prisão de Pawiak, e, depois, no dia 3 de setembro, no Campo de concentração de Auschwitz. De compleição física robusta, sente mais que os outros a fome e as perseguições, tudo suportando em silêncio. A pouca quantidade de comida dada pelos alemães, realmente, não satisfazia nem uma quarta parte das necessidades do organismo de um homem normal. Depois de sete meses estava condenado a morrer lentamente.
Uma noite, enquanto os alemães tinham começado a matar brutalmente os prisioneiros, partindo-lhes a cabeça à paulada, Frei Sinforiano afrontou-os fazendo sobre eles o sinal da Cruz. A testemunha ocular – seu companheiro de prisão, Czeslaw Ostankowich, declara que foi golpeado na cabeça com um pau, caindo ao chão. Pouco depois, com a pouca força que lhe restava, volta a fazer o sinal da cruz. Foi nesse preciso momento que o assassinaram. Era o dia 11 de abril de 1942.

A morte de Frei Sinforiano pôs fim à tremenda execução que os alemães estavam a perpetrar, e uma quinzena de prisioneiros salvou-se graças à sua intervenção. Estes carregaram com grande veneração os restos mortais de Frei Sinforiano, juntamente com outros, no carro que os levaria até ao forno crematório.
Com o seu martírio, Sinforiano demonstrou grande heroísmo, confessou a sua fé na Santíssima Trindade e salvou a vida a muitos companheiros. No dia 26 de março de 1999, o Papa João Paulo II inscreveu-o no Catálogo dos Mártires.


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