Santa Luzia era uma jovem
mulher sem defesas, que enfrentou torturas e a morte violenta com grande
coragem, uma coragem que vinha de Cristo ressuscitado, ao qual estava unida, e
do Espírito Santo, que nela habitava.
Com efeito, todos nós
precisamos de coragem para enfrentar as provações da vida, sobretudo os cegos e
os que têm deficiência visual. Além deste valor humano, Santa Luzia sugere
ainda outro: o comunitário. De fato, ela
não vivia sozinha, mas pertencia a uma comunidade.
Enfim,
o exemplo de Santa Luzia, nos diz que a vida deve ser doada. E ela levou este
aspecto da vida a aceitar o martírio, como valor de doação pessoal e universal.
Eis o segredo da verdadeira felicidade, concluiu o Pontífice. O homem não se
realiza plenamente em “ter” ou em “fazer”, mas em amar e em doar-se.
Papa Francisco - 13 de dezembro de 2014
Santa Luzia nasceu no ano de 280, na cidade litorânea de Siracusa, Itália. Seus pais eram nobres e cristãos. O pai, Lucio, faleceu quando Luzia era muito pequena. Sua mãe, Eutíquia, a educou. E, como cristã, sua mãe lhe passou a fé, o conhecimento de Jesus Cristo, ao amor ao próximo e a Deus.
A mãe de Luzia era muito
doente e sofria de uma forte hemorragia. Eutíquia procurou vários médicos.
Nenhum, porém, conseguiu curá-la. Luzia, então, teve a idéia de levar sua mãe a
Catania, cidade onde está o túmulo de Santa
Ágata. O dia da festa da Santa
estava próximo e Luzia sentia que se sua mãe colocasse a mão no tumulo de Santa
Agata, ficaria curada.
Muito fraca e doente, mas
vendo a convicção da filha, a mãe aceitou. As duas, então, partiram para a
cidade da Santa. No dia da festa, 5 de fevereiro de 301, após ler o evangelho,
mais precisamente o milagre da mulher que tinha hemorragia há 12 anos e fora
curada por Jesus quando tocou em seu manto Luzia, emocionada, propôs a sua mãe
tocar no tumulo de Santa Ágata e ela concordou.
Quando sua mãe foi para o
tumulo, Santa Ágata apareceu para Luzia e lhe disse:
Luzia minha irmã, porque pedes a mim o que você mesma pode
conseguir para sua mãe? Tua mãe já foi curada pela tua fé. E assim como a
cidade de Catanha foi beatificada por mim, assim também por seu meio, será
salva a cidade de Siracusa.
Então, Luzia disse à mãe: Pela intercessão
de Santa Ágata, Jesus te curou. Nesse momento sua mãe sentiu que as forças lhe voltavam ao corpo e ficou
curada.
A jovem Luzia, tocada pela
graça de Deus disse que queria consagrar sua vida a Deus e fazer voto de
castidade e fidelidade a Jesus. Além
disso, ela iria entregar seu dote de casamento (uma pequena fortuna) e seus
bens para os pobres. Sua mãe concordou.
Aconteceu, porém, que Luzia tinha
um pretendente para casamento. E este não se conformou com a decisão de sua
amada e a denunciou ao Governador Pascásio, acusando-a de ser cristã. O
imperador Diocleciano tinha emitido um decreto autorizando punição exemplar
para os cristãos.
Santa Luzia foi
julgada e condenada, e como dava total importância a virgindade e ao amor a
Jesus Cristo, o governador mandou que a levassem a um prostíbulo, Santa
Luzia rezou: quem vive casta
e santamente, é templo do Espírito Santo, sem a minha vontade, a virtude nada
sofrerá. Assim, nem dez homens juntos não conseguiram levantar
Santa Luzia do chão.
O governador, furioso,
mandou matá-la ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre ela resina e azeite
fervendo, mas nada aconteceu à jovem. Os carrascos continuaram com o seu
martírio e lhe arrancaram os olhos. Daí vem a devoção a Santa Luzia como protetora dos olhos.
Antes de sua morte, Santa
Luzia, ajoelhada em oração, disse:
Senhor, eis que suplico paz para a Igreja de Cristo.
Diocleciano e Maximiniano decairão do império, e como a cidade de Catania
venera a Santa Ágata, também serei venerada por graça do Senhor Jesus Cristo,
observando de coração os preceitos do Senhor.
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