segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Mistério da Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas, tem um templo dedicado na Cidade do México há quase quinhentos anos. Milhões de pessoas já receberam graças extraordinárias através da intercessão da Virgem Maria, que apareceu ali com o “rosto do povo latino-americano”. O que pouca gente sabe é que a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe guarda mistérios incríveis até hoje inexplicáveis pela ciência.

O primeiro fato que chama a atenção é a conservação do poncho após quase quinhentos anos. Com efeito, esse poncho é feito de um material muito rústico extraído de um cacto abundante na região chamado maguey. Trata-se de uma fibra vegetal trançada manual e rusticamente. Era a principal vestimenta dos homens astecas até a primeira metade do século XVI. Se fosse colocada dentro de uma bolha que a isolasse de todas as influências ambientais externas, duraria no máximo, uns vinte anos. O poncho de Juan Diego, ao contrário, tem quase quinhentos anos e não apresenta nenhum sinal de deterioração.

Em 1979, ou seja, 448 anos depois do aparecimento da imagem, a Igreja autorizou que se fizessem estudos científicos sobre o poncho. Tais estudos, feitos por cientistas renomados, duraram mais de oito meses e constataram fatos inexplicáveis.

O primeiro é que as fibras do poncho estão em seu estado perfeito de conservação, como se fossem novas. E não foram encontrados nenhum rastro de material conservante em toda a extensão do poncho. Esta conservação deixa os cientistas perplexos. Sabe-se, através de documentos históricos da Igreja, que o poncho ficou exposto sem nenhuma proteção durante 116 anos, de 1531 a 1647. Só depois disso foi colocado dentro de uma proteção de vidro.
Nesse tempo, ele sofreu a ação de um grande número de agentes físicos e ambientais que acelerariam sua deterioração, como fumaça de velas, sol, chuva, calor, frio, umidade, o toque das mãos do povo e, principalmente, salitre, pois a cidade do México ficava no meio do lago Texcoco, que era altamente salgado. Hoje, o lago é seco, mas na época, não. O lago exalava uma umidade salitrosa muito corrosiva. Materiais de prata e bronze se corroíam em menos de um século naquela região por causa do salitre do lago. A exposição do poncho a todos esses agentes durante 116 anos causaria sua deterioração em pouco tempo. Porém, os séculos passam e ele não apodrece. Trata-se de um grande mistério que a ciência ainda não conseguiu explicar.

Fato marcante aconteceu em 14 de novembro de 1921. Um anarquista chamado Luciano Pérez depositou um arranjo de flores sobre o altar diante da imagem. As flores, porém, escondiam uma carga de dinamite. Às 3 horas da madrugada uma violenta explosão sacudiu a basílica. Ficaram destruídos o altar de mármore, vasos, castiçais, os vidros da basílica e de prédios vizinhos e um grande crucifixo de bronze, que ficava em frente à imagem ficou quebrado e retorcido. O poncho com a imagem, porém, nada sofreu. O crucifixo de bronze é conservado até hoje na basílica, quebrado e retorcido, como prova de mais este fenômeno extraordinário que envolve a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.

A imagem de Nossa Senhora que se vê no poncho de Juan Diego encerra ainda muitos outros mistérios, como, por exemplo: não se trata de uma “pintura”. A maneira como a imagem está no poncho, não é conhecida até o presente momento.
A figura da Virgem não está colada, nem impressa, nem pintada no poncho. A 10 centímetros de distância, não se vê a imagem, só a trama rústica do tecido.

Ampliações dos olhos de Nossa Senhora de Guadalupe feitas por equipamentos modernos, permitiram ver, em suas pupilas, a cena, o momento em que Juan Diego abre o poncho. Uma das figuras humanas que se vê na pupila dos olhos da imagem corresponde a uma pintura de dom Juan de Zumarraga feita na Espanha, por volta de 1528.
Quem poderia imaginar uma coisa dessas em 1531?

A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe contém ainda vários simbolismos que os astecas compreendiam perfeitamente. Depois da aparição, constatou-se que os sacrifícios humanos cessaram em todo o México.

E mais! O manto azul de Nossa Senhora de Guadalupe, traz, no seu lado direito, a posição das estrelas no céu da América do Norte e, no lado esquerdo, o céu da América do Sul. Por isso, ela é chamada de “Padroeira das Américas”.


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