Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas, tem um templo dedicado na
Cidade do México há quase quinhentos anos. Milhões de pessoas já receberam
graças extraordinárias através da intercessão da Virgem Maria, que apareceu ali
com o “rosto do povo latino-americano”. O que pouca gente sabe é que a
Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe guarda mistérios incríveis até hoje
inexplicáveis pela ciência.
O primeiro fato que chama a
atenção é a conservação do poncho após quase quinhentos anos. Com efeito, esse
poncho é feito de um material muito rústico extraído de um cacto abundante na
região chamado maguey. Trata-se de uma fibra vegetal trançada manual e
rusticamente. Era a principal vestimenta dos homens astecas até a primeira
metade do século XVI. Se fosse colocada dentro de uma bolha que a isolasse de
todas as influências ambientais externas, duraria no máximo, uns vinte anos. O
poncho de Juan Diego, ao contrário, tem quase quinhentos anos e não apresenta
nenhum sinal de deterioração.
Em 1979, ou seja, 448 anos
depois do aparecimento da imagem, a Igreja autorizou que se fizessem estudos
científicos sobre o poncho. Tais estudos, feitos por cientistas renomados,
duraram mais de oito meses e constataram fatos inexplicáveis.
O primeiro é que as fibras
do poncho estão em seu estado perfeito de conservação, como se fossem novas. E
não foram encontrados nenhum rastro de material conservante em toda a extensão
do poncho. Esta conservação deixa os cientistas perplexos. Sabe-se, através de
documentos históricos da Igreja, que o poncho ficou exposto sem nenhuma
proteção durante 116 anos, de 1531 a 1647. Só depois disso foi colocado dentro
de uma proteção de vidro.
Nesse tempo, ele sofreu a
ação de um grande número de agentes físicos e ambientais que acelerariam sua deterioração,
como fumaça de velas, sol, chuva, calor, frio, umidade, o toque das mãos do
povo e, principalmente, salitre, pois a cidade do México ficava no meio do lago
Texcoco, que era altamente salgado. Hoje, o lago é seco, mas na época, não. O
lago exalava uma umidade salitrosa muito corrosiva. Materiais de prata e bronze
se corroíam em menos de um século naquela região por causa do salitre do lago.
A exposição do poncho a todos esses agentes durante 116 anos causaria sua
deterioração em pouco tempo. Porém, os séculos passam e ele não apodrece.
Trata-se de um grande mistério que a ciência ainda não conseguiu explicar.
Fato marcante aconteceu em
14 de novembro de 1921. Um anarquista chamado Luciano Pérez depositou um
arranjo de flores sobre o altar diante da imagem. As flores, porém, escondiam
uma carga de dinamite. Às 3 horas da madrugada uma violenta explosão sacudiu a
basílica. Ficaram destruídos o altar de mármore, vasos, castiçais, os vidros da
basílica e de prédios vizinhos e um grande crucifixo de bronze, que ficava em
frente à imagem ficou quebrado e retorcido. O poncho com a imagem, porém,
nada sofreu. O crucifixo de bronze é conservado até hoje na basílica,
quebrado e retorcido, como prova de mais este fenômeno extraordinário que
envolve a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
A imagem de Nossa Senhora
que se vê no poncho de Juan Diego encerra ainda muitos outros mistérios, como,
por exemplo: não se trata de uma “pintura”. A maneira como a imagem está
no poncho, não é conhecida até o presente momento.
A figura da Virgem não está
colada, nem impressa, nem pintada no poncho. A 10 centímetros de distância,
não se vê a imagem, só a trama rústica do tecido.
Ampliações dos olhos de
Nossa Senhora de Guadalupe feitas por equipamentos modernos, permitiram ver, em
suas pupilas, a cena, o momento em que Juan Diego abre o poncho. Uma das
figuras humanas que se vê na pupila dos olhos da imagem corresponde a uma
pintura de dom Juan de Zumarraga feita na Espanha, por volta de 1528.
Quem poderia imaginar uma
coisa dessas em 1531?
A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe contém ainda vários simbolismos que os astecas
compreendiam perfeitamente. Depois da aparição, constatou-se que os sacrifícios
humanos cessaram em todo o México.
E mais! O manto azul de
Nossa Senhora de Guadalupe, traz, no seu lado direito, a posição das estrelas
no céu da América do Norte e, no lado esquerdo, o céu da América do Sul. Por
isso, ela é chamada de “Padroeira das Américas”.
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